SISTEMA DIGESTÓRIO – KIT (5º ANO)
Autor do
kit: Graciela Farias Bikoski.
EEEF Estado do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, abril de 2015.
OBJETIVOS
Reproduzir através de uma aula
prática, experimentos que auxiliem o aluno na compreensão do funcionamento do
sistema digestório, assim como, os processos químicos que ocorrem.
COMPONENTES DO KIT
Ø
8 Conta-gotas,
Ø
Tintura de iodo ou lugol,
Ø
15 Copos plásticos (ou tubos de ensaio),
Ø
1 meia nylon fina,
Ø
1 bolinha de isopor ou de tênis,
Ø
1 béquer 100 mL,
Ø
2 béquer 500 mL,
Ø
1 corante alimentício,
Ø
1 Jarra de plástico.
Ø
Papel
filtro,
DEMAIS MATERIAIS A PROVIDENCIAR ANTES DO USO DO KIT
Ø
1 L de água,
Ø
1 colher de chá,
Ø
Saliva humana,
Ø
1 mg vitamina C,
Ø
Alimentos: salsichas, pão batatas, bananas,
macarrão, biscoito, farinha de trigo, arroz crus e amido.
Ø
2 comprimidos efervescentes.
Ø
Suco de limão (ou frasco de vinagre), açúcar
(porção de 4 a 5 colheres), sal (porção de 1 colher) e chá de carqueja, leite
integral(200mL), 100 mL
de leite sem lactose, 100 mL de leite de soja,100 mL de leite desnatado,
Ø
Liquidificador,
Ø
1
colher (sopa)
Ø
1 garrafinha de coca-cola com 250 mL,
Ø
1 frasco de óleo de cozinha,
Ø
1 frasco de detergente,
Ø
1 sonrisal,
Ø
Ovos (2 ou mais),
Ø
1 frasco de álcool 92ºC,
Ø
½
Repolho roxo.
MATERIAL INDIVIDUAL DO ALUNO
Ø
Caderno,
lápis e borracha.
METODOLOGIA
Estratégias e recursos da aula:
A aula será dividida em dois
momentos. No primeiro momento, serão realizadas as atividades práticas com
abordagens sobre os processos envolvidos no sistema digestório. No segundo
momento, o professor divide a turma em grupos de 4 alunos para a realização de
atividade lúdica.
1º MOMENTO (Atividades práticas):
1º) O
COMEÇO: A AÇÃO DA SALIVA
Objetivo
Observar
a ação da ptialina (enzima) sobre o amido encontrado em nossa alimentação.
Materiais:
Ø
Vidro de conta-gotas com tintura de iodo ou lugol,
Ø
Copos plásticos ou tubos de ensaio,
Ø
Água,
Ø
Colher de chá,
Ø
Amido,
Ø
Saliva humana,
Ø
Alimentos: salsichas, pão, batatas, bananas,
macarrão, biscoito, farinha de trigo e arroz crus.
Ø
Coloque
com o conta gotas 2 ml de água nos copinhos (ou tubos de ensaio) e em seguida
coloque duas colheres de chá de cada alimento.
Ø
Misture
bem;
Ø
A
essa mistura, acrescente com o conta gotas uma gota da tintura de iodo;
Ø
Observe;
Ø
Aos
materiais onde houve mudança de cor (neste caso, roxa), acrescente 4 mL de
saliva humana.
Ø
Espere
por aproximadamente 30 minutos, para que ocorra a ação da saliva sobre o amido.
Obs: Pode-se também, demonstrar esse
experimento de forma mais simples. Coloque
água em um dos copos, acrescente amido, mexa e despeje dois dedos da mistura em
cada tubo de ensaio. No outro copo, recolha um pouco de saliva, passe-a para um
dos tubos e agite. Espere 30 minutos e pingue uma gota de iodo em cada tubo.
Conclusão:
O
amido é a fonte de reserva energética dos vegetais, acumulando-se geralmente
nas sementes, raízes tuberosas (ex. cenoura, beterraba), caules tuberosos (ex.
batata) e frutos. Para os alimentos ricos em amido, a digestão se inicia na
boca digerindo o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio),
reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais, na saliva,
neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH levemente ácido, ideal
para a ação da ptialina.
No
instante em que a tintura de iodo entra em contato com o alimento que contém
amido, há a formação de um complexo amido-lugol que possui uma cor
característica (azul escuro ou roxo). Como a ptialina converte as moléculas de
amido em moléculas de maltose, o complexo que foi formado anteriormente é
desfeito e isso é observado pelo desaparecimento da cor do mesmo.
Dica:
Se
preferir, utilize uma quantidade maior de saliva para o processo da amilase
salivar ser mais rápida.
2º) É IMPORTANTE MASTIGAR BEM
Materiais:
Ø
2 copos com água,
Ø
2 comprimidos efervescentes (ou 1 mg vitamina C).
Procedimentos:
Ø
Triture
um dos comprimidos sobre uma folha de papel.
Ø
Coloque
simultaneamente o tablete inteiro em um copo com água e o triturado no outro.
Conclusão:
Observa-se
que o comprimido triturado se dissolve bem mais rapidamente do que o inteiro.
Isso, na digestão, faz referência ao tamanho dos alimentos. Quanto mais
mastigarmos os alimentos, menores serão os pedaços e estes serão absorvidos
pelo organismo com maior rapidez.
A ptialina
também é essencial ao combate natural de cáries dentárias. Os resíduos de
alimentos ricos em carboidratos que permanecem nos dentes após a mastigação
propiciam o crescimento de bactérias, que produzem ácidos capazes de corroer o
esmalte dental, causando cáries. A ptialina sintetiza os polissacarídeos desses
resíduos, evitando que tais bactérias cresçam e se multipliquem. É por isso que
indivíduos que produzem um maior fluxo de saliva têm menor tendência a
desenvolver cáries dentárias.
Obs: Pode-se
levar um molde de arcaria dentária, (se consegue em consultório de dentistas)
para dar essa explicação e disponibilizar para que os alunos possam apalpar,
manipular.
3º) SENTINDO SABORES
Materiais:
Ø
4 conta-gotas com: suco de limão, água com açúcar,
água com sal e chá de carqueja,
Ø
Açúcar,
Ø
Colher.
Procedimentos:
Ø
Diga aos
alunos que algumas regiões da língua são mais sensíveis a certos gostos que
outras.
Ø
Pingue os
líquidos em diferentes regiões da língua. Depois, coloque açúcar na língua seca
de um aluno.
Dica: Vende um aluno para que adivinhe os sabores.
Conclusão:
Sentimos o gosto dos alimentos
porque o cérebro interpreta as informações captadas pelos sensores presentes na
língua. Se ela estiver seca, não sentimos gosto algum, pois a saliva ajuda a
desprender dos alimentos partículas que sensibilizam o paladar.
4º) O MOVIMENTO DA DIGESTÃO
Materiais:
Ø
Meia fina,
Ø
Bolinha de isopor ou de tênis,
Ø
Bolacha.
Procedimentos:
Ø
Peça aos
alunos para colocar a mão no pescoço. Ao engolir uma bolacha, eles sentirão o
movimento peristáltico feito pelos músculos do esôfago.
Ø
Coloque a
bolinha (que representa a comida) dentro da meia fina (o esôfago).
Ø
Faça a
bolinha deslizar pela meia empurrando-a com os dedos.
Conclusão:
Os músculos do esôfago se
contraem de forma parecida com a meia para levar o alimento ao estômago. Esses
movimentos ocorrem em todos os órgãos do sistema digestório.
5º) A ACIDEZ DO SUCO GÁSTRICO
Materiais:
Ø
1 copo plástico de café,
Ø
Leite,
Ø
Vinagre ou suco de limão.
Procedimentos:
Ø
Coloque
leite no copo e adicione vinagre ou suco de limão.
Conclusão:
O vinagre talha o leite da mesma maneira que o suco gástrico, produzido
pelo estômago, quebra as moléculas grandes dos alimentos em partículas menores.
Isso ocorre porque o suco é composto de ácido clorídrico, enzimas e muco.
COCA-COLA COM LEITE
Objetivo:
Observar
a reação que ocorre ao misturar coca-cola com leite.
Matriais:
Ø
Uma garrafinha de coca-cola 250 mL,
Ø
Um conta gotas,
Ø
Um copo com leite integral.
Procedimentos:
Ø
Abra a garrafinha de coca-cola,
Ø
Com o conta-gotas, coloque um pouco de leite na
garrafinha e feche. Aguarde até que mude sua coloração e se deposite um resíduo
marrom escuro no fundo da garrafa.
Conclusão:
Quando as moléculas de ácido
fosfórico entram em contato com o leite, elas mudam, e tornam-se mais densas,
se separam e afundam. Enquanto isso, o resto da mistura de leite e Coca, como é
menos denso e, portanto, mais leve, sobe para o topo. Ambos os itens são
ácidos, mas a Coca-Cola é mais. Em geral, a Coca tem um pH entre 2,5-4,5 por causa
do teor de ácido fosfórico, enquanto o leite tem um pH normal em torno de 6,7 –
quase neutro.
EXTRATO DE REPOLHO ROXO
Materiais:
Ø
½
Repolho roxo,
Ø
250
mL álcool,
Ø
100
mL de leite integral,
Ø
100
mL de leite sem lactose,
Ø
100
mL de leite de soja,
Ø
100
mL de leite desnatado,
Ø
Liquidificador,
Ø
Papel
filtro,
Ø
4
copos plásticos descartáveis,
Ø
1
conta gotas,
Ø
1
bequer.
Procedimentos:
Preparação do extrato de repolho roxo:
Ø
Triturar no liquidificador ¼ de repolho roxo picado
previamente imerso em 250 mL de álcool etílico.
Ø
Em seguida filtrar em papel de filtro (filtro de
passar café) para obter uma solução e reservar em um bequer.
Teste
das amostras de leite:
Ø
Coloque
100 mL de cada tipo de leite em um copo plástico separadamente.
Ø
Acrescente
com o conta gostas, aproximadamente 5 mL da solução de repolho roxo.
Ø
Observe
o que ocorreu e anote os resultados.
Conclusão:
O extrato de repolho roxo serve como indicador de ácido-base
mudando sua coloração quando em contato com uma substância em função do pH da
mesma, possibilitando a substituição de indicadores sintéticos.
6º) O detergente da digestão
Materiais:
Ø
Dois copos com água,
Ø
Óleo de cozinha,
Ø
Detergente.
Procedimentos:
Ø
Coloque
óleo nos dois copos com água.
Ø
Em um
deles, acrescente detergente e agite.
Conclusão:
Assim como o detergente, a bile,
produzida pelo fígado, é um suco ácido que transforma as gorduras em gotículas
muito pequenas, facilitando a digestão.
A QUASE
LÂMPADA DE LAVA
Materiais:
Ø
Óleo
Ø
Béquer 100 mL
Ø
Água
Ø
Béquer 500 mL
Ø
Corante alimentício
Ø
Sonrisal
Procedimentos:
Em um
béquer de 100 mL de água, colocar o corante da cor de sua preferência, e agitar
para a cor ficar homogênea.
Ø
Adicionar em um béquer maior e completar com óleo e
aguardar uns minutos pois a água e o
óleo são substâncias imiscíveis.
Ø
Jogar um sonrisal (ou outro comprimido efervescente)
e aguardar a reação.
Conclusão:
O
sonrisal irá descer pelo óleo — que ficará por cima porque é mais leve até
alcançar a água, onde começará a soltar gás carbônico. A água irá “pegar uma
carona” nesse gás, subindo como uma lâmpada de lava.
Quando a
água chega em cima, porém, o gás é liberado, e ela volta lá para baixo,
provocando uma espécie de chuva dentro do óleo. A semelhança ocorre quando
comemos algo que não nos fez muito bem, como se ocorresse uma queimação no
estômago (efeito tampão).
7º) Quebrando as proteínas
Objetivo
Observar
a desnaturação da proteína presente no ovo (albumina) através do contato em
ação do álcool com o ovo.
Materiais:
Ø
Um ovo
Ø
Um becker ou jarra,
Ø
Álcool 92ºC
Procedimentos:
Ø
Quebre o
ovo no Becker e acrescente um pouco de álcool até cobrir totalmente o ovo.
Ø
Espere um
minuto, e observe o que ocorreu.
Conclusão:
Observa-se
que em contato com o álcool, a clara do ovo começa a cozinhar, ou seja,
desnaturar mudando sua estrutura através da quebra da proteína albumina. No estômago e no intestino delgado as proteínas
também são quebradas pelas enzimas.
2º MOMENTO (atividade
em grupos):
Objetivo
Através da atividade em grupos,
demonstrar em cartaz as estruturas do sistema digestório vinculando a
conhecimentos teóricos já estudados em aula.
Materiais
Ø
1
cano sanfonado amarelo,
Ø
1
cano sanfonado branco,
Ø
Balões,
Ø
1
folha de papel EVA,
Ø
Corda.
Demais materiais a providenciar
Ø
Pistola
para cola quente,
Ø
Cola-quente,
Ø
Rolo
de papel pardo,
Ø
Datashow,
Ø
Caneta,
Ø
Molde
de órgãos do sistema digestório (retirados da internet).
Procedimentos:
Ø
Peça
a turma para formar grupos de 4 alunos,
Ø
Peça
para que um aluno de cada grupo deite sobre o papel pardo e um colega desenhe
seu corpo contornando-o com uma caneta. Em seguida, oriente para que o grupo
discuta e monte as estruturas do sistema digestório sem colar no papel.
Ø
Após
todos concluírem, demonstre em Datashow a estrutura do sistema digestório, e
peça para que os alunos verifiquem e organizem o seus trabalhos conforme a imagem
projetada,
Ø
Discuta
a atividade com alunos.
AVALIAÇÃO
Ø
A avaliação deve
acontecer dentro de um processo contínuo observando os conteúdos atitudinais,
procedimentais e conceituais dos alunos.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
As
atividades práticas, juntamente com a atividade em grupos e com o embasamento
teórico já estudado em aula possibilita ao aluno compreender melhor o
funcionamento do sistema digestório reconhecendo suas estruturas. É uma prática
que está relacionada com o cotidiano do aluno, pois, é composta por
experimentos com materiais que fazem parte do seu dia-a-dia. Busca desenvolver
o pensamento reflexivo, o envolvimento ativo do aluno na busca por explicações
dos processos que ocorrem.
REFERÊNCIAS
Seara da
ciência. Disponível em: http://www.seara.ufc.br/sugestoes/biologia/biologia006.htm
Mistérios do mundo. Disponível em: http://misteriosdomundo.org/e-isso-o-que-acontece-quando-voce-mistura-coca-cola-com-leite/
Ciência Mão: Simulação - Efeitos nocivos do álcool. Disponível em: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=lcn&cod=_biologiasimulacaoefeitos
Ponto Ciência. A quase Lâmpada de Lava. Disponível em: http://www.pontociencia.org.br/experimentosinterna.php?experimento=1004&LAMPADA+DE+LAVA
O EXTRATO DE BRASSICA OLERACEA VAR. CAPITATA (REPOLHO
ROXO) PARA SUBSTITUIÇÃO DOS INDICADORES CONVENCIONAIS DE pH. Disponível em:
http://www.abq.org.br/cbq/2012/trabalhos/7/1276-14534.html
ANEXO I
Dia de experiências sobre o Sistema digestório
1º O COMEÇO: A AÇÃO DA SALIVA
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
2º É IMPORTANTE MASTIGAR BEM
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
3º SENTINDO SABORES
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
4º O MOVIMENTO DA DIGESTÃO
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
5º A ACIDEZ DO SUCO GÁSTRICO
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
6º O detergente da digestão
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
7º Quebrando as proteínas
Material
|
Procedimento
|
Conclusão
|
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