quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SISTEMA DIGESTÓRIO – KIT (5º ANO)


SISTEMA DIGESTÓRIO – KIT (5º ANO)
Autor do kit: Graciela Farias Bikoski.
(Releitura da ativ. prática prof. Karina)

Prof.ª Supervisoras: Marilise Aroni
EEEF Estado do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, abril de 2015.

OBJETIVOS
Reproduzir através de uma aula prática, experimentos que auxiliem o aluno na compreensão do funcionamento do sistema digestório, assim como, os processos químicos que ocorrem.
COMPONENTES DO KIT
Ø                 8 Conta-gotas,
Ø                 Tintura de iodo ou lugol,
Ø                 15 Copos plásticos (ou tubos de ensaio),
Ø                  1 meia nylon fina,
Ø                  1 bolinha de isopor ou de tênis,
Ø                 1 béquer 100 mL,
Ø                 2 béquer 500 mL,
Ø                 1 corante alimentício,
Ø                 1 Jarra de plástico.
Ø                 Papel filtro,
DEMAIS MATERIAIS A PROVIDENCIAR ANTES DO USO DO KIT
Ø                 1 L de água,
Ø                 1 colher de chá,
Ø                 Saliva humana,
Ø                 1 mg vitamina C,
Ø                 Alimentos: salsichas, pão batatas, bananas, macarrão, biscoito, farinha de trigo, arroz crus e amido.
Ø                  2 comprimidos efervescentes.
Ø                 Suco de limão (ou frasco de vinagre), açúcar (porção de 4 a 5 colheres), sal (porção de 1 colher) e chá de carqueja, leite integral(200mL), 100 mL de leite sem lactose, 100 mL de leite de soja,100 mL de leite desnatado,
Ø                 Liquidificador,
Ø                 1 colher (sopa)
Ø                 1 garrafinha de coca-cola com 250 mL,
Ø                  1 frasco de óleo de cozinha,
Ø                  1 frasco de detergente,
Ø                 1 sonrisal,
Ø                 Ovos (2 ou mais),
Ø                 1 frasco de álcool 92ºC,
Ø                 ½ Repolho roxo.

MATERIAL INDIVIDUAL DO ALUNO
Ø                 Caderno, lápis e borracha.
METODOLOGIA
Estratégias e recursos da aula:
A aula será dividida em dois momentos. No primeiro momento, serão realizadas as atividades práticas com abordagens sobre os processos envolvidos no sistema digestório. No segundo momento, o professor divide a turma em grupos de 4 alunos para a realização de atividade lúdica.
1º MOMENTO (Atividades práticas):
1º) O COMEÇO: A AÇÃO DA SALIVA
Objetivo
Observar a ação da ptialina (enzima) sobre o amido encontrado em nossa alimentação.
Materiais:
Ø                 Vidro de conta-gotas com tintura de iodo ou lugol,
Ø                 Copos plásticos ou tubos de ensaio,
Ø                 Água,
Ø                 Colher de chá,
Ø                 Amido,
Ø                 Saliva humana,
Ø                 Alimentos: salsichas, pão, batatas, bananas, macarrão, biscoito, farinha de trigo e arroz crus.



Procedimentos:
Ø                 Coloque com o conta gotas 2 ml de água nos copinhos (ou tubos de ensaio) e em seguida coloque duas colheres de chá de cada alimento.
Ø                 Misture bem;
Ø                 A essa mistura, acrescente com o conta gotas uma gota da tintura de iodo;
Ø                 Observe;
Ø                 Aos materiais onde houve mudança de cor (neste caso, roxa), acrescente 4 mL de saliva humana.
Ø                 Espere por aproximadamente 30 minutos, para que ocorra a ação da saliva sobre o amido.
Obs: Pode-se também, demonstrar esse experimento de forma mais simples. Coloque água em um dos copos, acrescente amido, mexa e despeje dois dedos da mistura em cada tubo de ensaio. No outro copo, recolha um pouco de saliva, passe-a para um dos tubos e agite. Espere 30 minutos e pingue uma gota de iodo em cada tubo.
Conclusão:
O amido é a fonte de reserva energética dos vegetais, acumulando-se geralmente nas sementes, raízes tuberosas (ex. cenoura, beterraba), caules tuberosos (ex. batata) e frutos. Para os alimentos ricos em amido, a digestão se inicia na boca digerindo o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais, na saliva, neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH levemente ácido, ideal para a ação da ptialina.
No instante em que a tintura de iodo entra em contato com o alimento que contém amido, há a formação de um complexo amido-lugol que possui uma cor característica (azul escuro ou roxo). Como a ptialina converte as moléculas de amido em moléculas de maltose, o complexo que foi formado anteriormente é desfeito e isso é observado pelo desaparecimento da cor do mesmo.
Dica:
Se preferir, utilize uma quantidade maior de saliva para o processo da amilase salivar ser mais rápida.

2º) É IMPORTANTE MASTIGAR BEM
Materiais:
Ø                  2 copos com água,
Ø                  2 comprimidos efervescentes (ou 1 mg vitamina C).
Procedimentos:
Ø                 Triture um dos comprimidos sobre uma folha de papel.
Ø                 Coloque simultaneamente o tablete inteiro em um copo com água e o triturado no outro.

Conclusão:
Observa-se que o comprimido triturado se dissolve bem mais rapidamente do que o inteiro. Isso, na digestão, faz referência ao tamanho dos alimentos. Quanto mais mastigarmos os alimentos, menores serão os pedaços e estes serão absorvidos pelo organismo com maior rapidez.
A ptialina também é essencial ao combate natural de cáries dentárias. Os resíduos de alimentos ricos em carboidratos que permanecem nos dentes após a mastigação propiciam o crescimento de bactérias, que produzem ácidos capazes de corroer o esmalte dental, causando cáries. A ptialina sintetiza os polissacarídeos desses resíduos, evitando que tais bactérias cresçam e se multipliquem. É por isso que indivíduos que produzem um maior fluxo de saliva têm menor tendência a desenvolver cáries dentárias.
Obs: Pode-se levar um molde de arcaria dentária, (se consegue em consultório de dentistas) para dar essa explicação e disponibilizar para que os alunos possam apalpar, manipular.

3º) SENTINDO SABORES
Materiais:
Ø                  4 conta-gotas com: suco de limão, água com açúcar, água com sal e chá de carqueja,
Ø                  Açúcar,
Ø                  Colher.
Procedimentos:
Ø                 Diga aos alunos que algumas regiões da língua são mais sensíveis a certos gostos que outras.
Ø                 Pingue os líquidos em diferentes regiões da língua. Depois, coloque açúcar na língua seca de um aluno.
Dica: Vende um aluno para que adivinhe os sabores.
Conclusão:
Sentimos o gosto dos alimentos porque o cérebro interpreta as informações captadas pelos sensores presentes na língua. Se ela estiver seca, não sentimos gosto algum, pois a saliva ajuda a desprender dos alimentos partículas que sensibilizam o paladar.

) O MOVIMENTO DA DIGESTÃO
Materiais:
Ø                  Meia fina,
Ø                  Bolinha de isopor ou de tênis,
Ø                  Bolacha.
Procedimentos:
Ø                 Peça aos alunos para colocar a mão no pescoço. Ao engolir uma bolacha, eles sentirão o movimento peristáltico feito pelos músculos do esôfago.
Ø                 Coloque a bolinha (que representa a comida) dentro da meia fina (o esôfago).
Ø                 Faça a bolinha deslizar pela meia empurrando-a com os dedos.
Conclusão:
Os músculos do esôfago se contraem de forma parecida com a meia para levar o alimento ao estômago. Esses movimentos ocorrem em todos os órgãos do sistema digestório.

) A ACIDEZ DO SUCO GÁSTRICO
Materiais:
Ø                  1 copo plástico de café,
Ø                  Leite,
Ø                  Vinagre ou suco de limão.
Procedimentos:
Ø                 Coloque leite no copo e adicione vinagre ou suco de limão.


Conclusão:
O vinagre talha o leite da mesma maneira que o suco gástrico, produzido pelo estômago, quebra as moléculas grandes dos alimentos em partículas menores. Isso ocorre porque o suco é composto de ácido clorídrico, enzimas e muco.

COCA-COLA COM LEITE
Objetivo:
Observar a reação que ocorre ao misturar coca-cola com leite.
Matriais:
Ø                 Uma garrafinha de coca-cola 250 mL,
Ø                 Um conta gotas,
Ø                 Um copo com leite integral.

Procedimentos:
Ø                 Abra a garrafinha de coca-cola,
Ø                 Com o conta-gotas, coloque um pouco de leite na garrafinha e feche. Aguarde até que mude sua coloração e se deposite um resíduo marrom escuro no fundo da garrafa.
Conclusão:
Quando as moléculas de ácido fosfórico entram em contato com o leite, elas mudam, e tornam-se mais densas, se separam e afundam. Enquanto isso, o resto da mistura de leite e Coca, como é menos denso e, portanto, mais leve, sobe para o topo. Ambos os itens são ácidos, mas a Coca-Cola é mais. Em geral, a Coca tem um pH entre 2,5-4,5 por causa do teor de ácido fosfórico, enquanto o leite tem um pH normal em torno de 6,7 – quase neutro.
EXTRATO DE REPOLHO ROXO
Materiais:
Ø                 ½ Repolho roxo,
Ø                 250 mL álcool,
Ø                 100 mL de leite integral,
Ø                 100 mL de leite sem lactose,
Ø                 100 mL de leite de soja,
Ø                 100 mL de leite desnatado,
Ø                 Liquidificador,
Ø                 Papel filtro,
Ø                 4 copos plásticos descartáveis,
Ø                 1 conta gotas,
Ø                 1 bequer.
Procedimentos:
Preparação do extrato de repolho roxo:
Ø                 Triturar no liquidificador ¼ de repolho roxo picado previamente imerso em 250 mL de álcool etílico.
Ø                 Em seguida filtrar em papel de filtro (filtro de passar café) para obter uma solução e reservar em um bequer.
Teste das amostras de leite:
Ø                 Coloque 100 mL de cada tipo de leite em um copo plástico separadamente.
Ø                 Acrescente com o conta gostas, aproximadamente 5 mL da solução de repolho roxo.
Ø                 Observe o que ocorreu e anote os resultados.

Conclusão:
O extrato de repolho roxo serve como indicador de ácido-base mudando sua coloração quando em contato com uma substância em função do pH da mesma, possibilitando a substituição de indicadores sintéticos.

6º) O detergente da digestão
Materiais:
Ø                  Dois copos com água,
Ø                  Óleo de cozinha,
Ø                  Detergente.
Procedimentos:
Ø                 Coloque óleo nos dois copos com água.
Ø                 Em um deles, acrescente detergente e agite.
Conclusão:
Assim como o detergente, a bile, produzida pelo fígado, é um suco ácido que transforma as gorduras em gotículas muito pequenas, facilitando a digestão.



A QUASE LÂMPADA DE LAVA
Materiais:
Ø                 Óleo
Ø                 Béquer 100 mL
Ø                 Água  
Ø                 Béquer 500 mL
Ø                 Corante alimentício
Ø                 Sonrisal
Procedimentos:
Em um béquer de 100 mL de água, colocar o corante da cor de sua preferência, e agitar para a cor ficar homogênea.
Ø                 Adicionar em um béquer maior e completar com óleo e aguardar uns minutos pois a água  e o óleo são substâncias imiscíveis.
Ø                 Jogar um sonrisal (ou outro comprimido efervescente) e aguardar a reação.
Conclusão:
O sonrisal irá descer pelo óleo — que ficará por cima porque é mais leve até alcançar a água, onde começará a soltar gás carbônico. A água irá “pegar uma carona” nesse gás, subindo como uma lâmpada de lava.
Quando a água chega em cima, porém, o gás é liberado, e ela volta lá para baixo, provocando uma espécie de chuva dentro do óleo. A semelhança ocorre quando comemos algo que não nos fez muito bem, como se ocorresse uma queimação no estômago (efeito tampão).

) Quebrando as proteínas
Objetivo
Observar a desnaturação da proteína presente no ovo (albumina) através do contato em ação do álcool com o ovo.
Materiais:
Ø                 Um ovo
Ø                 Um becker ou jarra,
Ø                 Álcool 92ºC
Procedimentos:
Ø                 Quebre o ovo no Becker e acrescente um pouco de álcool até cobrir totalmente o ovo.
Ø                 Espere um minuto, e observe o que ocorreu.
Conclusão:
Observa-se que em contato com o álcool, a clara do ovo começa a cozinhar, ou seja, desnaturar mudando sua estrutura através da quebra da proteína albumina. No estômago e no intestino delgado as proteínas também são quebradas pelas enzimas.

2º MOMENTO (atividade em grupos):
Objetivo
Através da atividade em grupos, demonstrar em cartaz as estruturas do sistema digestório vinculando a conhecimentos teóricos já estudados em aula.
Materiais
Ø                 1 cano sanfonado amarelo,
Ø                 1 cano sanfonado branco,
Ø                 Balões,
Ø                 1 folha de papel EVA,
Ø                 Corda.
Demais materiais a providenciar
Ø                 Pistola para cola quente,
Ø                 Cola-quente,
Ø                 Rolo de papel pardo,
Ø                 Datashow,
Ø                 Caneta,
Ø                 Molde de órgãos do sistema digestório (retirados da internet).
Procedimentos:
Ø                 Peça a turma para formar grupos de 4 alunos,
Ø                 Peça para que um aluno de cada grupo deite sobre o papel pardo e um colega desenhe seu corpo contornando-o com uma caneta. Em seguida, oriente para que o grupo discuta e monte as estruturas do sistema digestório sem colar no papel.
Ø                 Após todos concluírem, demonstre em Datashow a estrutura do sistema digestório, e peça para que os alunos verifiquem e organizem o seus trabalhos conforme a imagem projetada,
Ø                 Discuta a atividade com alunos.
AVALIAÇÃO
Ø                 A avaliação deve acontecer dentro de um processo contínuo observando os conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais dos alunos.

RESULTADOS E CONCLUSÕES
As atividades práticas, juntamente com a atividade em grupos e com o embasamento teórico já estudado em aula possibilita ao aluno compreender melhor o funcionamento do sistema digestório reconhecendo suas estruturas. É uma prática que está relacionada com o cotidiano do aluno, pois, é composta por experimentos com materiais que fazem parte do seu dia-a-dia. Busca desenvolver o pensamento reflexivo, o envolvimento ativo do aluno na busca por explicações dos processos que ocorrem.

REFERÊNCIAS
Seara da ciência. Disponível em: http://www.seara.ufc.br/sugestoes/biologia/biologia006.htm
Mistérios do mundo. Disponível em: http://misteriosdomundo.org/e-isso-o-que-acontece-quando-voce-mistura-coca-cola-com-leite/
Ciência Mão: Simulação - Efeitos nocivos do álcool. Disponível em: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=lcn&cod=_biologiasimulacaoefeitos
Ponto Ciência. A quase Lâmpada de Lava. Disponível em: http://www.pontociencia.org.br/experimentosinterna.php?experimento=1004&LAMPADA+DE+LAVA
O EXTRATO DE BRASSICA OLERACEA VAR. CAPITATA (REPOLHO ROXO) PARA SUBSTITUIÇÃO DOS INDICADORES CONVENCIONAIS DE pH. Disponível em: http://www.abq.org.br/cbq/2012/trabalhos/7/1276-14534.html



ANEXO I
Dia de experiências sobre o Sistema digestório
 O COMEÇO: A AÇÃO DA SALIVA 
Material
Procedimento
Conclusão







 É IMPORTANTE MASTIGAR BEM
Material
Procedimento
Conclusão







 SENTINDO SABORES 
Material
Procedimento
Conclusão







 O MOVIMENTO DA DIGESTÃO 
Material
Procedimento
Conclusão








 A ACIDEZ DO SUCO GÁSTRICO 
Material
Procedimento
Conclusão







 O detergente da digestão
Material
Procedimento
Conclusão







 Quebrando as proteínas 
Material
Procedimento
Conclusão











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