Pro Dia Nascer Feliz
Bolsista:
Lediane Marques
O filme retrata a vida
escolar dos jovens brasileiros, e chama atenção para problemas como diferentes
classes sociais, o descaso da escola é evidente para com a educação dos
educando, tendo assim uma precariedade escolar, deixando de lado o bem estar
dos alunos e até mesmo dos educadores que são de uma importância fundamental.
A falta de merendas, o desrespeito com a
lotação de salas de aulas, baixo salário dos professores que além de ter
responsabilidade educacional tem que saber agir com maus tratos dos alunos com
a falta de respeito em sala de aula e ainda ter que lidar com um sistema
banalizado que desenvolve um aluno problemático onde é mais fácil livrar-se
dele mais rápido do que ter de dar explicações de o porquê do aluno esta em
recuperação ou reprovado desmotivando ainda mais o professor a elaborar uma
aula digna, não esquecendo o transporte publico miserável para aqueles que
moram longe da escola com a incerteza de que no dia seguinte vai ir à aula sem
ter nenhum problema pelo caminho com ônibus velhos descaso total.
A violência é ainda um dos
pontos mais graves que temos no âmbito escolar trazendo das ruas jovens
rebeldes que entram na escola só para propor intrigas muitas das vezes acabam
em tragédias, jovens com vícios das drogas. A falta de interesse político faz
com que o futuro do Brasil seja prejudicado tornando o apelo à criminalidade
fazendo com que alunos vão até armados à escola.
Enquanto alunos de classes
sociais melhores apenas lidam com a forte exigência do ensino particular onde o
aluno da “elite” esta voltado apenas para os seus sonhos lindos, e maravilhosos
preocupados apenas para o seu eu, onde seu mundo não a violência trágica nas
escolas, muito menos o descaso com a infraestrutura da escola, já aluno do ensino
publico se preocupa com seu dia evidenciando a violência. O sistema educacional
brasileiro em vez de esclarecer a relação do jovem com o meio social faz o
contrário.
O filme por fim promove com
que alunos e professores possam expor suas insatisfações da qualidade de ensino
e a falta de interesse dos verdadeiros responsáveis pelo âmbito escolar que
está desse jeito deficiente até hoje.
Entre
os muros da escola
Bolsista: Lediane
Marques
O filme trás aspectos
conflitantes vividos em escolas públicas do país, no inicio do filme já percebemos
a diversidade de problemas que os alunos convivem diariamente, culturais, raciais
e sociais.
Observando o professor vemos
que ele é comprometido com a educação disposto a enfrentar todos os obstáculos
que viram no ambiente escolar, muitos dos desafios que o professor tem que
enfrentar é a indisciplinada turma de adolescentes que questionam o porquê do
aprender ao invés de sair “correndo” e não aceitar a turma ele faz com que os
questionamentos da turma virem um modo de reflexão obtendo formas de pensar
diferentes dos adolescentes. Essa forma didática é muito importante, mas nem sempre
é fácil de aplica como podemos ver no decorrer do filme.
Existe uma separação entre
professor é aluno que às vezes parece incapaz de mudar essa relação o desrespeito
é a principal fonte de discussão podendo levar a agressividade, onde nos leva a
refletir sobre o papel do professor na sociedade atual.
A realidade francesa do
filme entra em contato com a realidade do Brasil quando o conflito professor e
aluno vêm à tona, já que não temos uma diversidade cultural tão grande como no
filme, e sim trabalhamos com alunos problemáticos e desinteressados tendo ainda
que lidar com o sistema da educação afeta o despreparo do professor onde pode
levar a desestimular o educador nos projetos para a melhoria dos jovens dentro
da escola. Preparar-se para enfrentar a sala de aula é um desafio que nossos
cursos de licenciatura devem ainda superar.
No fim do filme fico me
questionando será mesmo só o método a ser trabalhado? Mas sim o sistema
tradicional corroborando com atitudes dos professores perante os alunos.
Experiências didáticas, um
entendimento das necessidades dos alunos construindo um conteúdo mais elaborado
desafiando a curiosidade de aprender, projetos que devemos aprimorar.
Carine Pereira
Escola ERGS
Resenha
do filme “Pro dia nascer feliz”
O filme mostra a realidade de diferentes
escolas, em alguns estados brasileiros e de diversas classes sociais.
Primeiramente apresenta escolas em condições
precárias, onde o transporte público leva os alunos para estudar. Mostra
professores que não cumprem seus horários, e também tanto alunos quanto
professores desinteressados em ensinar e aprender. Mas também mostra alunos que
superam todas as dificuldades e querem ir além daquilo que eles vivem.
Em outro estado já vemos uma outra realidade,
não há tanta pobreza, percebe-se uma preocupação dos professores em relação à
vida de cada aluno, desde o que eles vivem dentro de casa e de toda a carga que
trazem para dentro da escola.
Já em uma escola particular não se vê muitos
problemas atitudinais relacionados, o ensino é ótimo, e os alunos cobram o
melhor de si.
De um modo geral, em todas as escolas os
professores procuram criar algo para os alunos “amarem” o ambiente escolar,
como bandas, oficinas, para que haja a diminuição dos alunos que vão à escola
só para bagunçar ou para namorar.
Resenha
do filme “Entre os muros da escola”
O filme se passa dentro de uma escola
francesa, de classe média baixa, onde há muitos conflitos entre professor e
aluno, e também entre colegas.
A intenção do filme é poder mostrar os dois
lados: professor e aluno. Um dos professores, que é o que mais aparece,
aparenta não ter maturidade o suficiente para lidar com os conflitos existentes
em sala de aula. Ele discute parelho com os alunos, ofende-os moralmente, ao
invés de impor sua autoridade de outras formas. O professor quer ser
respeitado, mas a sua falta de “tato” com os alunos não permite que isso
aconteça.
Os alunos por sua vez são apenas
adolescentes, que vivem testando os seus limites para ver até onde podem
chegar. A atitude de um professor em relação ao aluno pode definir sua vida
para sempre, tanto para o lado “bom” quanto para o lado “ruim” da vida.
ESCOLA ESTADUAL
DE ENSINO FUNDAMENTAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID
CAPES/IFRS-POA
Bolsista:
Beatris Lisbôa Mello
Atividade EAD –
Resenha dos filmes Pro Dia Nascer Feliz e Entre os Muros da Escola
Os
filmes Pro Dia Nascer Feliz e Entre os Muros da Escola são dois filmes que
abordam a educação, mas cada um possui uma temática diferente na realização
desta abordagem. Pro dia Nascer Feliz é um filme brasileiro, realizado entre
abril de 2004 e outubro de 2005, selecionado pelo programa Petrobras Cultural.
Ele aborda a educação brasileira em diferentes realidades socioeconômicas,
desde a educação em uma das cidades mais pobres do Brasil, Manari, localizada
no Estado de Pernambuco; passando pela periferia de Duque de Caxias, Estado do
Rio de Janeiro, pela periferia de Itaquaquecetuba, estado de São Paulo, por uma
periferia da capital São Paulo, até uma escola localizada em um bairro de
classe média alta da capital São Paulo. Este filme possui uma excelente
abordagem socioeconômica sobre a estrutura decadente em que se encontra a
educação em nosso país. Muitos jovens das periferias brasileiras vão para a
escola para terem um escape, sem motivação e vontade de estudar, muitos
acreditam que os estudos não irão acrescentar algo relevante em suas vidas.
Como em uma reação em cadeia, os professores se desmotivam e acabam não
cumprindo suas funções docentes com êxito, acarretando, assim, na “falência da
educação brasileira”. (No filme Entre os Muros da Escola podemos ver que não é
só na Brasil que a educação tem sofrido um “processo de falência”).
Nas
periferias brasileiras a educação tem sofrido com um “processo degradante de
falência”; ao mesmo tempo, nos bairros de classe média alta a educação é
“transmitida” aos estudantes com maior êxito. Fica evidente no filme que a
condição financeira dos estudantes brasileiros acaba diferenciando a educação
em boa ou ruim. Não se pode negar esta diferença proporcionada pela condição
financeira de nossos estudantes. Um estudante com melhor condição financeira
possui, querendo nós ou não, uma mentalidade diferente dos menos favorecidos
economicamente. Não estou falando em capacidade de aprender, não é isso. Estou
me referindo à mentalidade, ou seja, mais especificamente neste caso, a
importância que os alunos dão para a educação e, interligado diretamente, as
oportunidades que lhe são fornecidas ao decorrer da infância e da adolescência.
Em encontro a isso, tem uma frase dita por um estudante no filme: “Não só o
governo, mas a escola em si passa uma imagem de que o ensino está melhorando,
mas não está. Se estivesse melhorando não precisaria (...) de cotas em
universidades públicas”. Eu acredito fielmente nisso: a cota por egresso de
escola pública é um demonstrativo do abismo, devido à qualidade do ensino,
existente entre a educação privada e a educação pública em nosso país. Se a
educação “fornecida” aos estudantes da rede pública de ensino fosse de
qualidade, não teria necessidade dessas cotas. Já fiz uso dessas cotas, sim.
Não vou ser hipócrita. Se existem nos vestibulares, porque não usá-las? Usei,
mas sou contra. Talvez você leitor, ao ler isto, ache uma contradição da minha
parte. Mas acredito que o que me fez passar no vestibular foi o ensino que eu
tive ao longo da minha vida escolar e não o fato de eu ter usado a cota para egresso
de escola pública, pois com a minha nota no vestibular entrei na minha atual instituição
de ensino por acesso universal, mesmo tendo optado pela utilização da cota para
egresso de escola pública. Acredito que a educação em nosso país deve melhorar
e ser igual para todos os estudantes, independente da classe econômica e da instituição
de ensino. Independente se a escola se
localiza na periferia ou em um bairro de classe média alta, independente das
condições econômicas dos estudantes: o ensino deve ser igual a todos os
estudantes. E para que ocorra igualdade de ensino é necessário um investimento
maciço do governo, em todos os seus níveis (municipal, estadual e federal), na
educação. Só a educação pode mudar nosso país. Com melhor educação, os jovens
de baixa renda poderão melhorar economicamente, poderão dar uma melhor
educação, no futuro, para seus filhos. Enfim, a educação possui um poder
transformador, capaz de mudar a sociedade brasileira. E, porque não, capaz de
mudar toda a humanidade.
Dois
depoimentos considero de extrema importância neste filme, o da professora Celsa
da Escola Estadual Parque Piratininga II, localizada na cidade de
Itaquaquecetuba, estado de São Paulo; e a da professora Suzana, diretora da
Escola Estadual Levi Carneiro, localizada na periferia da capital São Paulo.
Abaixo seguem esses depoimentos:
“(...) Eu acho
que ser professora e estar envolvida mesmo com a profissão, com os alunos, é
uma carga física e mental muito grande. É mais do que o ser humano pode
suportar, porque é muito psicológico. Eu faço terapia uma vez por mês, eu tenho
que ir no psiquiatra porque não dá. Você se envolve com os problemas dos alunos
e nem sempre você tem um retorno. Às vezes você entra em uma sala de aula e
você é mal recebido, porque o professor ainda é visto pela maioria dos alunos
como o inimigo. (...) Você entra em uma sala de aula e o aluno manda você tomar
naquele lugar, etc. É complicado lidar com essa situação. O papel do professor
na sociedade é muito importante, só que ninguém dá essa importância. Quando
você abandona o profissional, ele tende a deixar para lá. O professor perdeu a
dignidade. A gente não tem dignidade para trabalhar. Você tem que aceitar
muitas coisas dentro da sala de aula, isso vai deixando você com um espírito
cada vez mais pobre. O Estado deixa tudo muito jogado, maquia-se muito as
coisas. (...) Está todo mundo cansado de ouvir quais são os problemas da
educação, mas ninguém faz nada” (depoimento da professora Celsa).
“Eu não acredito
mais na escola nos moldes em que ela existe, na função que ela tem. Eu acho que
ela tinha que ser repensada, porque a gente está vivendo uma escola do século
passado, ela não cumpre mais a sua função. Aí fora está muito mais interessante,
tem muito mais informação. O professor está bem preparado, mas não está
preparado para ser agredido, violentado ou desrespeitado diariamente. O
professor se desmotiva, aí sim sua aula vai ficar ruim” (depoimento da
professora Suzana).
No filme Entre os Muros da Escola,
François Marin trabalha como professor de língua francesa em uma escola da rede
pública francesa. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e o
desrespeito por parte de alguns alunos são grandes complicadores.
Através de pesquisa na internet obtive a
informação de que o nome original do filme é apenas Entre os Muros (Entre Les
Murs). Em nosso país é que ele foi denominado como Entre os Muros da Escola. E
porque foi acrescentada a palavra escola? Acredito que seja porque o filme todo
se passa dentro de uma escola, mostrando os conflitos escolares existentes na
atualidade. O filme tem como plano central as aulas do professor François. Professor
este que tem como sua grande “arma de trabalho” a linguagem. Longos diálogos são
sustentados ao decorrer do filme, mostrando que a educação, por diversos
fatores, tem sofrido uma desvalorização intensa por parte dos adolescentes. A
intenção do acréscimo de escola no título do filme pela distribuidora do filme
do Brasil deve ser para especificar a escola, mostrando que muito dos conflitos
educacionais mostrados no filme ocorrem dentro do âmbito escolar.
Acredito que para os produtores do filme
a intenção do título ser apenas Entre os Muros deve ser para que o espectador,
apesar do filme se passar apenas na escola, vá além da escola. Não são apenas os
muros da escola que aprisionam a educação, fazendo com que ela seja
desvalorizada e concomitantemente fracasse, acarretando, assim, no citado
anteriormente, “processo de falência da educação”. A educação precisa ser
valorizada, precisa ser importante na vida dos adolescentes, independente da
sua nacionalidade. É importante ressaltar que no filme a turma do professor
François é composta por um grupo de alunos entre 13 e 15 anos composto por africanos,
asiáticos, latino-americanos e franceses. Os alunos de François questionam muito
a sua autoridade em sala de aula, principalmente os alunos Khoumba, aluna
chamada de insolente por se recusar a atender uma ordem do professor, e
Souleymane, garoto que se indispõe com o professor e seus colegas.
Duas diferenças são bem claras entre os
filmes Pro Dia Nascer Feliz e Entre os Muros da Escola. O filme Pro Dia Nascer
Feliz se preocupa em mostrar a realidade educacional em diferentes regiões do
Brasil, mostrando que a educação não é um fruto apenas da escola. A educação
tem sim um poder transformador, isso é inquestionável, mas a educação de um
adolescente é formada, além da educação recebida na escola, que por muitos é a
única levada em consideração, e, que não deixa de ser educação, pela educação
recebida pela família e pela recebida no convívio social.
A escola possui um papel muito
importante na vida dos jovens e acredito que ela deve ir muito além da sala de
aula. Como é o caso do Colégio Estadual Guadalajara, de Duques de Caxias e
mostrado no filme Pro Dia Nascer Feliz, que possui Núcleo de Cultura,
constituído por oficinas de dança afro, de ritmo e de teatro. Essas três
oficinas constituem o chamado Tripé que originou o Núcleo de Cultura do
Colégio.
No filme Entre os Muros da Escola a
educação recebe uma boa abordagem, mas sem a visão socioeconômica abordada no
filme Pro Dia Nascer Feliz. Apesar de terem africanos, latino-americanos,
asiáticos e franceses em uma mesma sala de aula, a realidade socioeconômica dos
alunos não recebeu o enfoque usado pelo filme Pro Dia Nascer Feliz.
Como mencionado inicialmente, os dois
filmes abordam a educação com uma temática diferente. O filme Pro Dia Nascer
Feliz explora muito a realidade socioeconômica na educação de nossos
adolescentes, enquanto que o filme Entre os Muros da Escola explora muito os
conflitos existentes dentro da sala de aula, conflitos entre professores e
alunos, decorrentes, em parte, pela desvalorização da educação.
Posso encerrar dizendo que uma das maiores
verdades universais pode ser mais uma comprovada através desses dois filmes: a educação
possui um poder transformador e ela precisa ser valorizada para que a
humanidade, em geral, possa crescer e se desenvolver de maneira correta e
próspera.
Relato Mostra de Ciências realizada em 10/11/2012
por
Karla Medeiros
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A mostra permitiu que os alunos aplicassem os conhecimentos construídos em aula de forma dinâmica e envolvente de maneira a englobar a comunidade escolar. Considero muito importante esse tipo de projeto para a aproximação do aluno com a investigação científica. Ao aplicar os conteúdos apresentados em aula o aluno acomoda melhor determinados conceitos que são um tanto abstratos quando estudados somente na teoria.
Segundo Selbach (2010), existem várias definições de projeto e uma dela cita que um projeto escolar é uma investigação ou pesquisa desenvolvida em profundidade, sobre um tema ou conteúdo que se acredita pedagogicamente interessante ou importante conhecer. O aluno precisa ter isso bem claro ao escolher qual projeto quer apresentar em uma Mostra Científica.
Sabe-se que são inúmeras as vantagens de trazer o universo experimental para os alunos. Além de proporcionar aos estudantes a oportunidade do uso prático de diversas competências e habilidades, o projeto pode transformar o aluno em pesquisador, desenvolver e aprimorar seu trabalho em equipe e trazer para a comunidade esclarecimentos sobre temas atuais que podem ser colocados de maneira confusa pelos demais meios de comunicação.
Neste sentido, acho que a mostra poderia trabalhar melhor com as questões práticas, de maneira a promover maior reflexão por parte dos estudantes e permitir com que eles realmente desenvolvam o pensamento científico. É comum que nas Mostras e feira de ciências os alunos pesquisem práticas que já estão prontas na internet e nos livros didáticos. Essas práticas auxiliam o aluno na construção de seus conhecimentos, mas falham ao trabalhar a investigação científica, trazem muito ou nenhum erro experimental ao aluno, que muitas vezes, entende, de maneira equivocada, que o erro trata-se de um fracasso em seu projeto. A elaboração de um projeto, desenvolvido pelo próprio aluno é muito desafiadora, já que a escola e aluno tem que lidar com o calendário escolar e suas atividades extraclasse de maneira a organizar um tempo para a preparação do projeto. Por isso, esse tipo de projeto demanda uma dedicação muito maior do que um projeto que contenha roteiros prontos, fato esse, que dificulta o desenvolvimento do projeto mais complexo.
Selbach (2010) traz de maneira bem simples, algumas etapas que deveriam estar presentes no desenvolvimento de um projeto de ciências:
1) Determinar com clareza os objetivos, para que se compreenda o que efetivamente se busca alcançar, quais respostas são significativas para a aprendizagem que se necessita construir.
2) Organizar todas as fontes de informações que poderão vir a ser usadas. Antes de seu início, é papel do professor reunir livros disponíveis, revistas, documentos históricos, cartas geográficas, recursos eletrônicos, bem como pessoas que possam ser entrevistadas ou consultadas.
3) Definir as competências e habilidades que serão exploradas na organização das respostas que se busca conquistar. O “saber-fazer” é complemento essencial do “conhecer” e, ao se conquistar competências operacionais, utilizar verbos de ação como “analisar”, “sintetizar”, “comparar”, “aplicar”, e ainda outras habilidades.
4) Definir diferentes fases do projeto, indicando o desempenho esperado de cada aluno participante nas fases: Abertura; Investigações e respostas; Apresentação; Avaliação.
5) Compreendida a função de cada aluno participante em cada fase do projeto, é o momento de relacionar os principais conceitos e/ou idéias âncoras a serem alcançadas, assim como os conteúdos procedimentais esperados nos alunos (solidariedade, espírito de iniciativa, cooperação grupal, empenho e dedicação, e muitos outros).
6) A etapa posterior é representada pela contextualização dos conceitos construídos à realidade dos alunos e do ambiente em que a escola se situa. Como eixo da aprendizagem é sempre e essencialmente o aluno e suas circunstâncias, é necessário enfocar a estreita relação entre o que busca aprender e o meio, o tempo e a sociedade em que se encontra.
7) Definição das linguagens que poderão ser utilizadas na apresentação do projeto. Além de um bom texto de referência e que se incorporará aos documentos da biblioteca da escola, também será interessante explorar desenhos, fotografias, colagens, gravações, danças, músicas, corais envolvendo o amplo espectro de muitas inteligências.
8) É importante que não se inicie o projeto sem um cronograma ou linha do tempo estabelecendo uma previsão de quanto tempo se espera gastar em cada etapa.
9) A etapa final é sempre representada pela avaliação educativa do projeto, descrevendo os membros dessa comissão que, além de professores, pode abrigar também alunos, pais, pessoas da comunidade e, eventualmente, ainda outros.
Essas etapas, citadas por Selbach (2010) auxiliam os professores e nós, bolsistas, no desenvolvimento da Mostra e ainda poderiam ser reelaboradas conforme necessidade dos alunos. Acredito que podemos, para o ano de 2013, administrar melhor o tempo de elaboração da Mostra, incluindo acesso aos bolsistas para que os alunos tirem dúvidas de questões em que encontrem dificuldades. É claro que nem todos os bolsistas e professores estarão disponíveis nos mesmos horários, mas podemos nos utilizar desse fato de maneira positiva. Como temos horários diferentes, os alunos têm uma maior mobilidade para procurar ajuda quando necessário. Além disso, dúvidas pontuais não muito complexas poderiam ser discutidas via e-mail, assim como, disponibilização de materiais digitais.
Quanto ao item sete, achei muito interessante, por exemplo, que algum aluno que toque algum instrumento possa fazê-lo durante a Mostra e seu grupo poderia, por exemplo, apresentar como funcionam as ondas sonoras. Atividades com dança poderiam ser trabalhadas com a apresentação de um projeto que mostre como funcionam os movimentos dos músculos, os batimentos cardíacos. Há muitas maneiras de explorar diferentes linguagens e contextualizá-las na área das ciências da natureza.
Sugiro que no próximo ano dediquemos mais tempo ao desenvolvimento dos projetos dos alunos. Penso que o acompanhamento poderia ser feito desde o início do semestre. Algumas aulas poderiam ser disponibilizadas para o desenvolvimento do projeto e um bolsista neste momento é fundamental para que auxilie alunos e professores.
Penso que a Mostra contribuiu positivamente no envolvimento dos alunos com o “mundo das ciências”. No entanto, senti falta de contextualizações entre teoria e prática, por parte dos alunos, nos experimentos. Sabemos o quando está tarefa é difícil, mas o nosso desafio é fazer com que eles se preocupem com questões como essa e sintam a necessita de realizar essa integração. Afinal, “ integrando teoria e prática, poderemos proporcionar uma visão das ciências como uma atividade complexa, construída socialmente, em que não existe um método universal para a resolução de todos os problemas, mas uma atividade dinâmica, interativa, uma constante interação de pensamento e ação”. (MORAES, 2008).
Relato participação no Fórum da FAPA
por
Karla Medeiros
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O Fórum da FAPA ocorreu nos dias 31 de novembro, 1º e 08 de dezembro nos turno da manhã e da tarde. Foram apresentados trabalhos na proposta do evento que era “o conhecimento faz a diferença”. Os trabalhos incluíam apresentação de pôsteres, comunicação oral, oficinas e eventos culturais como, por exemplo, filmes e apresentações de dança. Nosso grupo de bolsistas compartilhou nossas vivências na escola de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul através de pôster. Apresentamos os trabalhos desenvolvidos pelo grupo, como: organização do espaço utilizado para as aulas de ciências, o desenvolvimento de kits para atividades práticas em sala de aula, aplicação de questionários relacionados aos conhecimentos prévios dos alunos sobre as ciências da natureza e sua posterior análise, elaboração de produções textuais com o objetivo de promover a reflexão individual e coletiva do trabalho realizado no PIBID. Além disso, destacamos a importância de levar as atividades experimentais aos alunos, mesmo que para isso, não tenhamos, de fato, um laboratório de ciências. Relatamos o planejamento para desenvolvimento de kits portáteis para uso em sala de aula. A banca julgadora avaliou a apresentação e parabenizou o grupo pelas atividades desenvolvidas.
Também assistimos a comunicações orais que tinha relação com a nossa área de conhecimento. Precisamos escolher algumas apresentações, pois infelizmente, muitas apresentações tinham colisões de horário. Uma das apresentações que mais me chamou atenção foi sobre o trabalho de alunas do curso de pedagogia da FAPA com crianças especiais. Crianças que apresentavam alguma síndrome, como, por exemplo, Asperger e Down. Vi o quanto ainda temos que desenvolver nossas habilidades para conseguir auxiliar essas crianças em seu processo de ensino-aprendizagem. Além disso, percebi, através dos relatos das alunas, o descaso do governo em propor alternativas viáveis de inclusão. Embora a inclusão seja um assunto bem atual e constantemente discutido, nossas políticas públicas ainda deixam a desejar. Há pouca orientação e formação dos professores quanto à questão da inclusão. Além disso, a formação é fornecida pelo governo de maneira voluntária para os professores, mas infelizmente, muitos ainda não têm consciência da importância do assunto e/ou não dispõem de tempo para participar da formação.
Outros trabalhos foram apresentados, como por exemplo, o de uma aluna do curso de psicologia da Feevale. No trabalho, percebe-se a importância da expressão dos sentimentos que os estudantes têm em relação à escola, à vida. A escola é um espaço importante para que esses sentimentos sejam expostos. Palestras e atividades sobre bullying, drogas, adolescência devem sempre estar presentes para que o aluno se sinta, de fato, representado na escola. Isso auxilia na minimização de certos anseios e possíveis comportamentos antissociais tão comuns na sociedade atual.
Para mim, esse evento foi muito marcante, pois, tratou-se de um espaço de compartilhamento de vivências de alunos das mais diferentes áreas e locais universitários. A reflexão é fundamental em todas as áreas de conhecimento, principalmente naquelas ligadas à prática educacional. Em nossa área auxiliamos no desenvolvimento do aluno como cidadão crítico e reflexivo. Para isso, precisamos constantemente refletir sobre nossa prática em sala de aula e também fora dela. Só assim, conseguiremos participar de um processo tão desafiador que é formar um cidadão que atue de maneira a construir uma sociedade com valores mais humanos, respeitando as outras pessoas, a natureza, e contribuindo de forma valorosa em nossa sociedade.
A FALTA DE MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS PELAS CIÊNCIAS
O objetivo geral desta resenha é refletir sobre a desmotivação dos alunos pelas ciências, o texto analisado permite estabelecer algumas relações com as práticas pedagógicas dos professores e de outros profissionais que intervêm na educação. A complexidade da situação exige uma maior aproximação do que acontece na sala de aula e dos desafios proporcionados pelos estudiosos do assunto em questão.
A falta de motivação dos alunos é um dos problemas mais graves enfrentados pelos professores nos vários segmentos do ensino. E é necessário que o aluno esteja motivado para ter aprendizagem em todas as áreas, principalmente em ciências, que é um conhecimento intelectual complexo e exigente.
O período educacional obrigatório coincide com a adolescência, fase que os jovens estabelecem suas preferências, e nem sempre o interesse pelo estudo de ciências é favorecido. Pesquisas demonstram que sem motivação não há aprendizagem, pois é necessário esforço e continuidade para aprender. Será a motivação um problema exclusivo dos alunos, somente eles não têm motivos para aprender, ou é o próprio modelo educacional que não os mobiliza?
Muitos educadores entendem que a motivação pelos estudos é responsabilidade dos alunos, que têm falta de interesse pelo conhecimento, pouco esforço intelectual e dão pouco valor à educação. Em alguns casos até podem ser considerados estes motivos para o desinteresse, mas a falta de motivação está posta de maneira mais complexa, não como causa da aprendizagem deficiente da ciência, mas como consequência da falta de motivação para aprender ciências.
A falta de motivação é, em parte, resultado da maneira como lhes são ensinadas as ciências. É preciso mudar a maneira de visualizar o conhecimento científico; professores e alunos precisam movimenta-se no sentido de juntos despertarem tal interesse. Pesquisas demonstram que a motivação ao enfrentar tarefas e desafios é a expectativa de êxito e o valor aplicado a esse êxito. Mesmo diante da complexidade do problema da motivação para os estudos, os resultados dessas pesquisas oferecem aos professores algumas sugestões de como podem contribuir para mobilizar seus alunos a aprender.
Que valor conceder ao estudo de ciências? Utilizar-se do sistema de recompensas sem instigar o aluno a observar significado no que aprende o levará a interessar-se somente no prêmio; ele estudará e será aprovado, mas não levará em consideração seus próprios interesses. E esse conhecimento não será profundo e duradouro, uma vez que já foi alcançado o objetivo da aprovação, ou, o que ainda é pior, no caso da reprovação que para alguns alunos é um castigo e para outros se torna pura indiferença.
É necessário desenvolver motivos que leve o aluno a esforçar-se a compreender o que estuda, ver significado além de ser aprovado. Aprender para compreender ou dominar algo, ter ampla autonomia, despertar interesse em definir metas, sentir-se integrado no processo da aprendizagem. Essa mudança é muito difícil de ser começada nas séries finais do ensino fundamental ou médio; para isso é preciso que se façam intervenções adequadas.
Mas como fomentar o interesse pelas ciências? Como ponto de partida, investigar os interesses e preferências dos alunos, buscar conexão com o cotidiano, com a finalidade de ir além, e aos poucos inseri-los em tarefas científicas através de estudos que os projetem a um conhecimento com maior expectativa de êxito.
Informar o aluno, dando pistas do que deve fazer para sair-se bem na próxima avaliação, é outra maneira de ajudá-lo a compreender quais são suas dificuldades de aprendizagem; e ao participar deste controle é provável que sinta-se mais motivado no futuro. O aluno, ao ser ajudado pelo professor a interpretar seus sucessos e fracassos, ao realizar esta autorreflexão poderá atribuir suas dificuldades a algo modificável e que estará sob seu controle. O professor também pode motivar de forma simples e direta, reconhecendo as limitações, as disposições do grupo e oferecer tarefas que possam ser desenvolvidas nas aulas ou em espaços com identificação do interesse do grupo, ou em trabalhos coorporativos.
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A falta de motivação dos alunos pelas ciências. Revista Pátio: Ensino Médio Profissional e Tecnológico. Publicação Trimestral do Grupo A Educação S. A., ano IV, n. 12, março/maio 2012, p. 7-9.
VISITA À CPRM – COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS
No dia 26/09/2012 às 14 horas fizemos uma visita a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais- CPRM decidimos realizar esta atividade ao museu geológico por que sentimos a necessidade de obter mais informações sobre rochas, solos, sedimentos, fósseis, minerais e gemas para melhor contextualizar nossos conhecimentos e exercitar observações das amostras com orientação especializada.
Fomos recebidos por um Geólogo responsável pelo local e foi quem nos guiou e orientou sobre as atividades executadas pela CPRM. Primeiro conhecemos o acervo de rochas, solos, minerais e gemas e explicações sobre as formações rochosas do RS e do Brasil. E também conhecemos o acervo documental, cartográfico e de imagens. Visitamos o laboratório de analise de solos, rochas e sedimentos e tivemos a oportunidade de fazer observações no microscópio de algumas amostras.
Recebemos informações sobre a CPRM que atua em todo o País é responsável pelo Programa Geologia do Brasil e em suas ações são realizadas pesquisas e estudos com levantamentos para avaliações de recursos geológicos, hidro geológico, fossilíferos e biológicos além da certificação de águas minerais. Atualmente também são responsáveis pelo estudo de regiões onde existem zonas de riscos geológicos e de catástrofes ambientais.
Além da vasta oferta de materiais que encontramos no Museu podemos contar ainda com o site (www.cprm.gov.br) que tem um espaço destinado para as escolas, que fomenta o conhecimento sobre ciências na Terra. E para escola que realiza visita agendada é oferecido um kit com amostras de rochas. Que para nossa escola fará parte do kit que já foi construído pelo PIBID e que o plano de aula será postado no portal do professor.
Grupo: Marilise Aroni, Graciela Bikoski, Olga Pereira e Guilherme Lopes
RESENHA DO TEXTO A PRÓXIMA FRONTEIRA DA MATEMÁTICA
Muito tem se falado na interdisciplinaridade - como forma possível de articulação entre as disciplinas, na importância de se trabalhar nas escolas as matérias de forma que o aluno enxergue as relações existentes entre elas. Podemos citar como exemplo desta real necessidade a clássica pergunta feita para os professores de matemática: “para que aprender isso?”. Demonstrando por meio dela a preocupação ou sentimento de estar estudando um assunto que não terá utilidade nenhuma em sua vida. E isso é preocupante, pois a escola é um espaço de encontro para formação integral deste estudante e deve ficar claro que existe um objetivo para cada tema tratado. Entretanto, a forma monodisciplinar como as componentes curriculares são trabalhadas na escola causa um percepção errônea de distanciamento entre os conhecimentos.
O texto “A próxima fronteira da matemática”, da Revista Cálculo, traz a discussão da relação e necessidade entre a biologia e a matemática, uma vez que historicamente diversas descobertas e conhecimentos das áreas só foram possíveis por meio da outra. Como no caso de Gregor Mendel que usou a matemática para revelar como os pais passam características genéticas para os filhos e também na utilização de modelos matemáticos criados por um biólogo - para entender a relação entre os linfócitos autoimunes e reguladores – por engenheiros de software na construção de programas para detecção de spam. Essa necessidade entre as áreas de conhecimento não se limita apenas entre a biologia e a matemáticas, pois envolve todas as áreas comprovando que uma não se desenvolve sem a outra e que todos saberes são igualmente importantes.
Sendo importante trabalhar de forma interdisciplinar ou transdisciplinar – onde não existe fronteira entre as disciplinas, desde a formação básica, de forma que indivíduos sejam capazes de fazer essas relações entre os conhecimentos. Continuando durante o ensino superior tornando o olhar dos estudiosos diferenciado e até mesmo inacessível aos que não aprenderam desta maneira, podendo auxiliar em novas descobertas.
Referência
A próxima fronteira da matemática. Revista Cálculo – ano 2 n15. Ed. Seguimento. Abril 2012.
Análise observacional da turma de sétimo ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul
por
Karla Medeiros da Silva – Bolsista PIBID
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A presente produção textual tem por finalidade a análise da turma de sétimo ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul através de uma avaliação do tipo observacional.
Durante dois meses, uma vez por semana, esta turma foi observada por mim para o desenvolvimento dessa produção textual. Acredito que para uma produção mais enriquecedora, mais tempo deveria ter sido dedicado às observações. Entretanto, por colisões de compromissos, não pude dedicar mais horas a essa atividade.
A turma é composta por alunos com média de 13 anos de idade. Dentre esses alunos há uma aluna que tem 11 anos e apresenta muitas dificuldades de aprendizagem por estar em uma série que não condiz com sua faixa etária. Os outros alunos estão na fase da pré-adolescência/adolescência, onde inquietações e dispersões são características nesta fase de vida. Essa “hiperatividade” tem de ser disciplinada em aula para que não se comprometa a aprendizagem dos alunos.
Há uma aluna, em especial, que se apresenta, em aula, muito agitada, falando alto sobre assuntos não condizentes com a aula, gritando com os colegas e até mesmo falando palavrões. Essa aluna, através dessa postura, compromete o seu aprendizado e o de seus colegas também, já que os quatro alunos que estão sentados próximos a ela prestam muita atenção as suas atitudes e interagem com essa aluna de maneira a dispersarem-se do ambiente de ensino construído pelo professor e os demais alunos. Nesse caso, penso que uma sessão de “acompanhamento” (fora do horário de aula) para abordar o comportamento inadequado da aluna seria uma boa ferramenta para tentar conscientizar essa aluna sobre o quanto sua atitude está sendo prejudicial. Além disso, a mudança de lugar desta aluna na sala de aula pode resolver esse problema emergencialmente. Colocá-la em uma classe próxima à professora e dedicar uma atenção especial a esta aluna pode, quem sabe, aos poucos, ir modificando seu comportamento e o orientando-o para que ela seja mais aberta a uma aprendizagem dialógica.
Quanto aos “palavrões”, sabemos que atualmente, eles têm sido usados de maneira coloquial no cotidiano. Inclusive, a todo o momento observa-se seu uso na televisão, no rádio, nas revistas; os “palavrões” são explorados na mídia em geral. No entanto, é necessária sua distinção no momento de dialogar sobre isso com os alunos. Devemos explicar a eles que há diferença entre o uso coloquial do “palavrão” e o uso hostil o qual se destina, geralmente, a alguém com o intuito de ofendê-lo. Esse comportamento é inaceitável em uma sala de aula. Ao acontecer um fato desse tipo em aula, temos de ser assertivos e chamar a atenção do aluno ao fato, e dar um tempo para que o aluno se acalme. No final da aula, retomasse o acontecido e alertasse para a não tolerância de tal comportamento em sala de aula.
Sabemos que em uma sala haverão alunos desafiadores (distraídos, argumentadores) que gostam de chamar a atenção; alunos com dificuldades emocionais ou comportamentais que apresentam Déficit de Atenção e /ou Hiperatividade (TDA/TDAH). Com esses últimos devemos ter especial cuidado, pois o auxílio para que ele possa focar-se em sala de aula está além da disciplina desenvolvida pelo professor. Neste momento, necessitamos fazer uma reflexão para que entendamos que a liberdade exige disciplina, mas que esta última jamais deve estar acompanhada do autoritarismo. Se formos autoritários o respeito do aluno será conquistado através do temor ao professor. Professor e aluno devem respeitar-se mutuamente de maneira a construir uma relação favorável ao processo de aprendizagem.
Não podemos deixar de destacar que em uma sala de aula, na grande maioria, pelo menos na que foi analisada por mim, verifica-se a presença de alunos racionais, ponderados, respeitosos e cooperativos, ainda que apresentem comportamentos característicos da idade, como por exemplo, fazer “gracinhas” para chamar a atenção dos colegas. Essas atitudes podem ser relevadas desde que não comprometam, de fato, o objetivo do ensino.
Outra atitude que me chamou a atenção na turma foi que alguns alunos, freqüentemente, falam com tom de voz muito alto. Seria interessante expor a eles que esse tom afeta o direito do professo ensinar, já que muitos falam junto com o professor, e o direito dos outros alunos aprenderem. Uma sala de aula “turbulenta” prejudica não só ao professor, que terá que usar um tom de voz mais alto, o que pode acarretar uma série de problemas vocais (bem comuns no dia-a-dia dos professores) e também dificulta a participação dos outros colegas que estão focados na aula.
Sabe-se que as transformações contemporâneas influenciam a sociedade, a cultura e o indivíduo. Junto com essas transformações presenciamos tempo de “hiperespetáculo”, onde o fazer não é importante, mas sim, ser visto fazendo. (SILVA apud AYUB & MACEDO, 2012). Além disso, percebe-se que o consumo torna-se mediador de relações sociais onde o “ter” tem prioridade ao “ser”. É nesse cenário, de individualismo, sem valores éticos, através da cultura do consumo inconsciente, que o adolescente constrói uma identidade. Essa identidade é anticidadã e antiética.
Penso que a comunidade escolar deve estar consciente de seu papel transformador dessa realidade. Afinal de contas, acima de tudo, o aluno tem que sair da escola com um olhar crítico de nossa realidade. A pré-adolescência/adolescência é uma fase que gosta de ser instigada, portanto, uma abordagem crítica, não moralista, sobre determinados comportamentos em sala de aula faz-se urgente e necessário em todas as escolas que lidam com esse tipo de situação. No entanto, sabemos que o professor necessita de muito apoio nessa questão de gestão de comportamento em sala de aula. Toda a comunidade escolar deve estar engajada e preocupada na formação de um cidadão consciente e não apenas, ser delegada outra tarefa para sobrecarregar o educador. É dever de todos que o jovem tenha os melhores meios para auxiliar a construção de sua identidade e através dela agir como agente de transformação da realidade para construir uma sociedade mais ética e democrática.
REFERÊNCIAS
ROGERS, Bill. Gestão de relacionamento e comportamento em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2008.
AYUB, Renata; MACEDO, Mônica. A escuta da adolescência em tempos de excesso In MACEDO, Mônica Medeiros. Adolescência e Psicanálise: Intersecções Possíveis. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. p. 111-125.
Avaliação da Estrutura e Ambiente Escolar da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul
por
Karla Medeiros da Silva – Bolsista PIBID
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Esta produção textual tem como objetivo fazer uma avaliação da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul. Avaliação é o primeiro passo para que se faça uma reflexão sobre a escola e para que se reformule o que não esteja funcionando para um bom processo de ensino aprendizagem. Para que isso ocorra, será observado o espaço físico, a estrutura, os recursos disponíveis no ambiente escolar. Sabemos que a avaliação deve ser feita com rigor e carinho, pois somente não se avalia aquilo que não há interesse de melhorar. Na educação a avaliação é fundamental para que a busca por uma educação de qualidade faça parte da realidade escolar, se torne um projeto de vida dos professores, dos alunos, da comunidade escolar e da sociedade.
O avanço no ensino escolar brasileiro, nos últimos anos, foi a aceitação de uma cultura avaliativa da educação. A amplitude da avaliação deve incluir todos os indivíduos da sociedade e do Estado. Este deve se utilizar de políticas que se proponham a corrigir o que está, de certa forma, impedindo a evolução do ensino escolar.
Esta produção textual estará incompleta se não apresentar propostas que podem auxiliar no processo de melhora da qualidade do ensino. Por isso, após a avaliação referente à escola algumas propostas serão citadas para que esta produção se justifique.
Não posso deixar de expressar que a avaliação não deve ser utilizada como um julgamento, mas sim como uma ação questionadora, uma atitude com um valor para a pré-mudança.
A escola possui 10 salas de aulas, 1 sala para o Jardim-Pré-Escola, 2 conjuntos sanitários, 1 sala de Nutrição, local onde fica armazenada a merenda, 1 espaço destinado à prática de Educação Física, 1 sala de professoras, 1 sala de Direção, 1 sala de secretaria, 1 sala do SSE, 1 sala do SOE, 1 sala do CPM, 1 sala Multiuso, 1 sala do Setor Pessoal, 1 sala de Almoxarifado, 1 cozinha e 1 refeitório e 1 biblioteca. A escola é bem segura pois, há um controle sobre a saída e entrada de pessoas. Por tratar-se de uma escola de ensino fundamental, para segurança dos alunos, os portões só estão abertos na hora de entrada dos alunos para início das aulas e no término das mesmas. Sempre há um supervisor na entrada para aumentar a segurança de todos.
As salas de aula são pequenas. Algumas salas possuem uma iluminação não ideal para um ambiente de estudo. Há ventiladores, porém dias de maior temperatura, eles são insuficientes para climatizar a sala de aula para que o ambiente se torne agradável ao aprender. O processo de ensino-aprendizagem deve ser realizado em um ambiente agradável para os sujeitos envolvidos. Por isso, deve-se dar a real importância para a infraestrutura da escola. A instituição mantenedora, no caso, A Secretaria de Educação em conjunto com o Estado, deve tomar uma atitude não burocratizadora neste caso. Em período não letivo, a Instituição mantenedora deveria adequar as salas de aula e outros ambientes da escola ao ato de ensinar e aprender. Somente fornecer índices sobre a qualidade da educação do Estado não é suficiente para uma avaliação objetiva. É necessário que a mudança ocorra de fato. E para isso a comunidade escolar deve exigir da instituição mantenedora uma ação efetiva.
Uma situação muito comum entre as escolas públicas é a falta de bibliotecárias nas bibliotecas. Por vezes, alguns professores são deslocados para a biblioteca com a finalidade de garantir que esta esteja funcionando para que os alunos possam utilizá-la. Inclusive, a própria Secretaria de Educação sugere isso quando a escola liga para informar a falta de bibliotecária. É um fato triste, mas, mais uma vez, vemos que o professor assume outras funções que poderão prejudicar seu trabalho na escola. Já há uma deficiência de professores nas escolas, onde muitos professores acabam por assumir outras disciplinas além da sua para não prejudicar o processo educacional dos alunos. Infelizmente, a realidade da escola Rio Grande não é diferente. Aliás, é um pouco pior, pois o quadro de funcionários já está deficitário e não é possível deslocar o professor para a biblioteca. Devido a isso, ela está fechada. A biblioteca da escola é pequena, mas apresenta uma diversidade de livros que contribuem muito no desenvolvimento educacional dos alunos. Os alunos sente falta do acesso à biblioteca. Os professores reconhecem a importância que ele representa. Neste caso, a instituição mantenedora poderia desenvolver um trabalho, até a contratação de um profissional habilitado, para que alunos dos cursos de biblioteconomia possam desenvolver algum trabalho nestas bibliotecas para que elas contemplem a sua função. Servir ao aluno como espaço de integração do conhecimento, um espaço de aproximação com o mundo da leitura. Um local onde a curiosidade, natural ao ser humano, consegue se saciar de alguma forma. A escola também poderia procurar estas instituições de ensino e propor ao responsável um trabalho social, por parte dos técnicos e universitários da área da biblioteconomia, dentro da biblioteca.
A escola Rio Grande possui uma pequena área para a atividade de educação física. Trata-se de uma área realmente simbólica. O espaço é muito pequeno para trabalhar com uma turma de alunos adequadamente. Devido ao espaço há restrição das atividades que poderiam ser trabalhadas com os alunos. Isso prejudica a riqueza de práticas físicas que poderiam ser trabalhadas com os alunos. Quanto a essa questão não vejo, alternativa, senão uma reestruturação do espaço para o desempenho das atividades. Há outra área que poderia ser utilizada para práticas físicas, entretanto há uma sala de aula neste espaço, o que prejudicaria a aprendizagem destes alunos, já que a Educação Física exige uma interação entre professores e alunos com bastante agitação. Teria que ser estudada uma alternativa para que os alunos possam aproveitar melhor essas aulas, e não sejam prejudicados devido a restrição do espaço. A instituição mantenedora deveria avaliar o espaço destinado às atividades físicas e com a ajuda de profissionais especializados, como engenheiros e arquitetos achar uma solução para o problema. Outra alternativa seria uma aula fora do ambiente escolar, em algum parque próximo à escola. Para isso, deve-se claro, avaliar a disponibilidade do professor e a disposição dos alunos. Já que se trata de uma atividade que não está dentro do ambiente escolar e, por isso, haverá de ter uma maior atenção por parte do professor nos cuidados com os alunos. Essa deve ser uma solução temporária, já que, o ambiente aberto, exige mais preocupação do professor com relação aos alunos e por consequência poderá ocasionar uma sobrecarga de responsabilidades ao profissional.
Há uma sala destinada às atividades de Artes e Ciências. É uma sala pequena, mas trata-se de uma conquista recente para a área de Ciências que não conta com um laboratório adequado para suas práticas. No entanto, o projeto PIBID do IFRS/POA trata-se exatamente disso. Elaboração de kits que auxiliem no processo de aprendizagem da disciplina de Ciências onde haja ou não um laboratório para suas práticas. Neste caso, estamos trabalhando para implementar kits que possam ser utilizados sem a necessidade de uma espaço físico próprio para as aulas de ciências. Ainda que não se tenha um laboratório de Ciências na escola, está sala contém materiais e vidrarias para uma futura construção de um laboratório. Estão sendo guardados e aperfeiçoados kits que são e serão utilizados nas aulas de Ciências. A sala está bem organizada, com armários identificados e kits com seus respectivos roteiros de pratica. O trabalho está sendo bem desenvolvido pelas professoras e bolsistas que se empenham para tornar a disciplina de Ciências mais instigadora e empírica. Contribuindo para a formação do ser humano em sua integralidade.
Essa foi uma primeira avaliação da estrutura da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma análise feita com poucos meses de vivência na escola. É provável que futuramente esta análise seja modificada ou que sejam salientados pontos importantes que devem ser ajustados às necessidades dos alunos e professores. Uma educação de qualidade tem que iniciar com uma estrutura escolar favorável ao processo de aprendizagem. Um ambiente escolar saudável é fundamental para a construção do conhecimento de maneira enriquecedora e crítica. A educação não pode ser “sucateada”. Para se ter um país desenvolvido e em crescente ascensão deve-se priorizar o investimento em capital humano, ou seja, em educação.
Análise de livros didáticos na participação do processo de ensino-aprendizagem aluno-professor
por
Karla Medeiros da Silva – Bolsista PIBID
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Esta produção textual descreverá a análise de livros didáticos utilizados no ensino fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul. Primeiramente, será feita uma observação sobre todos os livros verificando como eles são estruturados para auxiliar aluno e professor no processo de aprendizagem. Após, serão comparados os conteúdos referentes à divisão celular nos quais será baseada a montagem do kit que será utilizado didaticamente em sala de aula.
O livro didático é uma ferramenta que, quando utilizado de maneira correta, enriquece o processo de construção do conhecimento no ambiente escolar. Ele poderá auxiliar na aprendizagem contextualizando os saberes científicos com os saberes do cotidiano. É necessário que se discuta com os alunos acerca da importância do livro didático. Ao iniciar o ano letivo o livro deverá ser apresentado pelo professor e o mesmo deve mostrar como os conteúdos são abordados e seus principais meios de auxiliar no processo de aprendizagem. Os alunos têm de perceber o livro como algo que os auxiliará em seu desenvolvimento escolar e não como um livro conteudista apenas. É preciso ensinar aos discentes como “utilizar” o livro em seus estudos para que eles tirem o máximo de proveito deste instrumento tão importante no ambiente escolar e fora dele.
O livro do 8° ano, de Carlos Barros Wilson Paulino, inicia o capítulo com uma abordagem sobre o tema e logo abaixo, o quadro “discuta esta ideia”. O quadro permite os alunos discutirem o texto ou imagem, permitindo ao aluno a interpretação do texto. Ao mesmo tempo, ele possibilita que o aluno utilize os seus conhecimentos prévios para responder às questões. Também há o quadro “trabalhe estas ideias” com perguntas que tem por objetivo desenvolver o raciocínio do aluno. O “mapa de conceitos” é uma parte muito interessante do livro, pois permite que os alunos façam uma espécie de resumo que os guiará para facilitar o entendimento do assunto abordado. Acredito que o trabalho com mapa conceitual é fundamental para nortear os estudos dos alunos permitindo que a estudo seja feito de maneira dinâmica e auxilie na construção do conhecimento referente ao tema abordado. Vejo aqui uma ótima ferramenta para que o aluno consiga entender as ideias principais sobre o assunto abordado e consiga fazer relações sobre diferentes conceitos e interligá-los de maneira prática e eficiente. O livro também trabalha com o quadro “para ir mais longe” o qual aprofunda o assunto do capítulo. O quadro “integrando o conhecimento” vale-se de ocorrências do cotidiano para que os alunos respondam as questões. Considero essa parte muito importante para a conexão entre conhecimento científico e senso comum, auxiliando o aluno no entendimento sobre o tema em questão. Já o espaço “em grupo” tem por finalidade socializar as respostas dos alunos permitindo a construção de argumentos para defender sua opinião referente ao assunto abordado. O espaço “desafios do passado” traz um pouco sobre a história e filosofia das ciências, aos alunos perceber como determinada teoria ou descoberta começou. Complementando, há o quadro “desafios do presente” com assuntos atuais acerca do conteúdo do capítulo. Geralmente são assuntos que estão sendo ou foram divulgados na mídia, os quais o aluno pode ter tido contato e não ter conseguido associá-lo ao conteúdo estudado. Cada unidade é encerrada com a indicação de livros. Seria uma ideia interessante promover uma interação com esses livros, por exemplo, o professor poderia escolher um livro para trabalhar em aula. A turma poderia ser dividida em grupos e cada grupo leria um capítulo ou mais. Depois poderia ser feito uma espécie de seminário onde cada grupo apresentaria seu (s) capítulo(s). Após todos apresentarem, o professor faria uma síntese com perguntas direcionadas aos alunos que as responderiam através da interpretação que eles tiveram sobre o livro. O livro apresenta uma linguagem simples, fácil de ser trabalhada com os alunos. Além disso, possui muitas fotografias contextualizando o conteúdo do livro com o cotidiano dos alunos permitindo aos alunos a análise do conteúdo além das ilustrações. O quadro “mãos a obra” indica atividades que podem facilmente ser desenvolvidas em aula. Duas práticas interessantes de ser feitas são as da página 163 e da página 168. O livro apresenta no final a parte “evite acidentes” que é um material bem educativo de prevenção de acidentes comuns às crianças. No final do livro, há um glossário, por vezes ilustrado, no qual aborda conceitos de maneira bem didática e de fácil entendimento.
O livro do Projeto Araribá para a sétima série é um material bem ilustrativo. Traz entrevistas com especialistas sobre o assunto do capítulo. É bem interessante que os alunos tenham contato com esse tipo de leitura para aproximar o contato com o conhecimento científico. É um livro que possui uma linguagem fácil. Entretanto, verifiquei que há poucas fotografias, principalmente a nível microscópico, para a visualização real de alguns conceitos abordados. O espaço “por uma atitude” possui textos que promovem a formação cidadã. É muito interessante a maneira como o texto é abordado e como trabalha para a formação do pensamento crítico. O espaço “compreender um texto” traz o texto seguido de vocabulário pertinente ao assunto tratado, é complementado com atividades que ajudam o aluno a obter informações do texto, promovendo a interpretação, reflexão (que contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico) e incentiva a pesquisa. O incentivo à pesquisa é fundamental quando se trata da matéria de ciências. Como no Brasil, o incentivo a pesquisa ainda é precário, devemos começar incentivando os alunos a trabalharem com pesquisa desde o início do período letivo para que entendam a importância do investimento na área. Cada capítulo traz uma imagem para ser analisada e incentiva a reflexão do aluno. Além disso, há o quadro “o que você sabe” que trabalha com as concepções prévias dos alunos, aproximando o conhecimento científico das ideias que os alunos trazem para a escola sobre o tema abordado no capítulo. O quadro “verifique” traz atividades simples de serem feitas pelo aluno em sala de aula sem exigir muitos materiais para sua realização. O espaço “atividades” é de fácil entendimento facilitando a aplicação do conteúdo abordado para resolução das questões. O quadro “entrando na rede” indica artigos sobre o tema do capítulo e incentiva o professor a mostrar a importância da pesquisa extraclasse aos alunos. É bom sempre verificar se o artigo sugerido não traz elementos muito complexos que irão desmotivar os alunos a lerem. Se isso ocorrer o professor pode interpretar o artigo para apresentá-lo aos alunos. A seção “explore” ensina os alunos a interpretarem gráficos e estabelecer relações através da identificação de dados e formação de argumentos para responder a seção. É de extrema importância esse trabalho, pois há grande dificuldade dos alunos em trabalhar com gráficos e estabelecer as relações existentes entre um texto e um gráfico. O quadro “questão” traz questões importantes de ser discutidas no grande grupo da sala de aula. Há uma parte do livro denominada “Oficinas de Ciências” com roteiros de experimentos simples de serem realizado até mesmo em sala de aula, sem a necessidade de uso de laboratório. Todas as atividades podem ser demonstradas pelo professor e algumas os próprios alunos podem executar. No final do livro há sugestões de filmes, sites, jogos e livros para os alunos. Entretanto acho que caberia indicá-los durante o tema abordado em aula.
O livro Ciências Naturais de Olga Santana e Anibal Fonseca destinado à sétima série inicia cada capítulo com uma imagem e um texto referentes ao tema que será abordado. No espaço “faça e descubra” há atividades que necessitam de materiais bem simples para sua execução prática. O espaço “agora responda” aborda o assunto tratado até aquele momento. O quadro “analise e responda” estimula a análise, a observação por parte dos alunos. O livro é bem ilustrativo. O quadro “indo além” mostra curiosidades sobre o assunto abordado relacionando-o com situações presentes no cotidiano. Dessa forma há a aproximação do aluno com o conteúdo tratado no capítulo. Promovendo um melhor entendimento do aluno sobre o tema. “Usando e ampliando os as conhecimentos” possui perguntas sobre o material trabalhado até o momento. A seção “você gostará de ler” indica livros sobre o conteúdo do capítulo. Há indicação de práticas simples de serem realizadas.Há muitas fotografias que enriquecem o conteúdo apresentados nos capítulos. Uma fotografia da página 152 mostra a ilustração dos rins sobre a fotografia de uma ginasta. Achei muito interessante a representação, pois muitas vezes os alunos não associam os desenhos representativos do corpo humano com o seu próprio corpo. Neste caso, a união da ilustração com a fotografia facilita o entendimento do aluno.
É um livro bem textual o que pode tornar-se um tanto “cansativo” para o aluno. As fotografias enriquecem o texto, mas ainda assim, os grandes textos podem desmotivar o interesse do aluno sobre o conteúdo explanado. O livro também trabalha com gráficos que é de fundamental importância para a formação do aluno. O material integra química, física e biologia, mas não de maneira muito evidente. A unidade “desenvolvendo competências e habilidades” traz um material rico em informações, atividades práticas e gráficos para serem trabalhados com os alunos. Estimula o estabelecimento de relações com textos e gráficos, orienta a organizar os dados, construir modelos, promove a leitura de mapas, incentiva a interpretação e a investigação. É um livro com uma riqueza muito grande de informações. Entretanto não trabalha muito com os conhecimentos prévios dos alunos e por trazer textos muito extensos pode prejudicar a motivação dos alunos nas aulas.
O livro destinado à Educação de Jovens e Adultos trabalha muito com o cotidiano dos alunos. Tem conteúdos bem direcionados, associando o tema à sociedade. Trabalha de forma simples com textos, geralmente, curtos. Há o quadro “para refletir” que aborda questões relacionadas à prática cidadã. Grande parte das perguntas pode ser respondida com as vivências pessoais dos alunos. Há algumas atividades práticas simples e fáceis de ser desenvolvidas em aula. O quadro “você sabia” traz curiosidades sobre o tema abordado exemplificadas com situações presentes no cotidiano dos alunos. O livro trabalha bastante com o conhecimento prévio do aluno principalmente no quadro “antes de ler” o qual traz imagens e palavras em negrito que devem ser lidas antes da leitura do texto. Com isso, os alunos têm como predizer o que o texto irá abordar utilizando as suas concepções prévias dos alunos para o início da discussão do conteúdo. Há mapas conceituais que fazem uma síntese do conteúdo trabalhado. Mapa conceitual é uma ótima ferramenta para a construção de conceitos. O livro possui uma linguagem bem simples. Apresenta poucos textos com muitas ilustrações, muitas perguntas reflexivas que têm por finalidade ajudar na formação da consciência crítica dos alunos e formar o cidadão para o mundo atual.
Também foi analisado o Referencial Curricular Lições do Rio Grande. Esse livro tem o objetivo de fornecer uma orientação à escola sobre como e em que ordem abordar os conteúdos em sala de aula. Ele faz uma análise sobre o ensino de diversas áreas no Estado e através disso tenta criar um “norte” para direcionar o professor. Há uma constante preocupação na formação da cidadania do indivíduo. Acredito que ele é um bom referencial para ser utilizado em aula, mas o professor, ainda assim, deve ter autonomia para desenvolver seu trabalho.
Análise do conteúdo sobre divisão celular
Na montagem do kit referente à divisão celular somente dois livros apresentam textos e ilustrações sobre o tema.
O livro do projeto Araribá destinado a 7° série apresenta poucas ilustrações sobre o tema, o que dificulta a construção de um modelo para que o aluno possa entender melhor um conteúdo tão abstrato. A divisão celular é apresentada ao aluno de maneira bem rápida, com pouco texto. O texto cita a variabilidade genética como uma condição para evolução. No entanto, não explica o que é a variabilidade genética e nem como ela funciona. Entende que no ensino fundamental o assunto não seja aprofundado, mas uma rápida explicação sobre a variabilidade e como ela influencia na evolução é de extrema importância para que o aluno tenha seu primeiro contato com um assunto fundamental para o entendimento sobre nossas origens. O livro traz uma passagem na qual diz que o gameta feminino chama-se ovócito. Seria interessante explicar que o óvulo, como geralmente as pessoas referem-se ao gameta feminino, na verdade é o ovócito fecundado. Se essa diferenciação não for feito o aluno pode ter dificuldade de associar suas concepções prévias ao conteúdo abordado. Há poucas questões sobre divisão celular para integrar o conhecimento do aluno.
No livro de Ciências de Carlos Barros e Wilson Paulino para o 8° ano há um pouco mais de atenção ao assunto divisão celular. As ilustrações são bem simplificadas o que facilita o entendimento do tema abordado. Entretanto, as ilustrações poderiam conter maior número de informações para que haja uma interação significativa entre o texto e as ilustrações. Uma ferramenta muito útil utilizada neste livro é o “mapa conceitual” que é um mapa interativo onde o aluno pode aplicar os conceitos construídos na aprendizagem tornando o processo mais dinâmico. O texto aborda conceitos importantes sobre cromossomos, célula, projeto genoma humano e células tronco. Trata-se de um material com informações atuais, de fácil compreensão e que contextualiza o conteúdo com o cotidiano do aluno. As perguntas referentes à divisão celular estimulam a construção da resposta através do raciocínio e questionamento do aluno. Para tanto, elas se utilizam de situações presentes no dia a dia, na mídia, nos mais diversos meios de comunicação para que o aluno fundamente melhor suas respostas. Ainda há um espaço para ser trabalho em grupo onde a uma polemização sobre as pesquisas com células tronco, onde os alunos podem refletir sobre o assunto e discutir suas mais diversas opiniões no grande grupo. Considero livro de Carlos Barros e Wilson Paulino bem estrutura para ser trabalhado em sala de aula. Traz um texto simples mais rico em informações. Os alunos poderão aproveitar ao máximo todas as informações disponíveis no livro, assim como, as atividades propostas por ele. Eu escolheria este livro didático para ser utilizado em sala de aula. Além disso, dentre todos acredito que este livro é o que mais relaciona as concepções prévias dos alunos com o assunto abordado. Também observei que o livro tem uma preocupação em formar um cidadão crítico em relação aos conhecimentos científicos. Esse conjunto de particularidades permite que eu tenha um entendimento que este livro trabalha de maneira a priorizar a formação do indivíduo em sua integralidade de forma que este se torne um agente de transformação na atual sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://importanciadolivrodidatico.blogspot.com.br/ . Acesso em 30 de maio de 2012
http://www.redeandibrasil.org.br/em-pauta/livro-adequado-a-realidade-do-aluno-ajuda-a-melhorar-qualidade-de-ensino, Acesso em 30 de maio de 2012
EJA 8° ano – Volume 3 – 2º. Ed. – São Paulo – IBEP, 2009. – (Coleção Tempo de Aprender)
Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Ciências da Natureza e suas Tecnologias / Secretaria de Estado da Educação. – Porto Alegre: SE/DP, 2009.
Ciências / Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino. – 4 º. Ed. – São Paulo: Ática, 2009.
Projeto Araribá: ciências – 1º, ed. – São Paulo: Moderna, 2006.
Santa, Olga; Fonseca, Anibal. Ciências Naturais, 7ª série. – 2ª. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2006.
ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS
PIBID/ IFRS 2011/2
LEANDRA BORBA LEAL
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
Realizando uma análise Geral do livro didático direcionado a educação de jovens e adultos (EJA) é possível perceber qualidade no material utilizado em sua confecção, utilização de imagens e tamanho das letras adequadas. A proposta de atividades práticas e a realização de questionamento propõem ao professor uma aula menos “conteudista” e mais voltada para uma compreensão prática sobre os assuntos que estão sendo estudados. Visto que este material é direcionado para estudantes que por algum motivo não tiveram acesso ao ensino e possuem realidades distintas dos estudantes do ensino regular. Estando geralmente envolvidos em atividades profissionais e familiares. Necessitando que o conteúdo estudado faça sentido a vida destes estudantes e esteja de acordo com suas realidades. Sendo de grande importância o perfil do professor para o sucesso na aprendizagem deste aluno. Uma vez que, ele vê o educador como um modelo a seguir.
O número de páginas (77 páginas) destinadas ao assunto de Ciências Naturais são relativamente poucas quando comparado com outros livros didáticos destinados ao ensino regular. Podendo ser explicado pelos motivos citados anteriormente. Visando o desenvolvimento de competências que possibilitem o melhor exercício da cidadania por parte dos estudantes.
MULTIDISCIPLINAR
O livro didático de Ciências Naturais abrange e relaciona vários conhecimentos num mesmo assunto. O que exige maior conhecimento e estudo por parte do professor. O fato dos conteúdos não estarem fragmentados em disciplinas distintas facilita a compreensão e aproximação do aluno com o conteúdo estudado. Facilitando a realização de relações com o seu cotidiano e construção do conhecimento.
Apesar de possuir bastante conteúdo, este é abordado de forma mais próxima dos alunos, com exemplos simples e que fazem parte da vida dos estudantes. Facilitando a imaginação, reflexão e compreensão dos alunos, de forma que a aprendizagem se torna significativa.
O livro apresenta fotografias e ilustrações claras, de boa qualidade e didáticas. Existem momentos do livro em que o estudante é convidado a ampliar seus conhecimentos através de pesquisas. Incentivando o estudante a ir além do conteúdo apresentado. Sendo interessante esta proposta. Uma vez que, o estudo de ciências deve proporcionar os alunos desenvolvimento do caráter investigativo de atividades científicas e, também, tornar o indivíduo mais crítico, capaz de interpretar e tomar decisões (SANTOS, 2007).
REFERÊNCIAS
· EJA 7º ano- Volume 2 – 2 ed. – São Paulo – IBEP, 2009. – (Coleção Tempo de Aprender)
· Lopes, Selva Paraguassu ; Sousa, Luzia Silva - Eja: Uma Educação Possível ou Mera Utopia?. Disponível em:
· Rio grande do Sul.Secretaria de estado da Educação. Departamento Peadgógico. Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Ciências da Natureza e suas Tecnologias / Secretaria de Estado da Educação. – Porto Alegre: Se/DP, 2009.
· Santana, Olga; Fonseca, Anibal; Mozena, Erika - Ciências da Natureza 8ª série – 1 ª Ed.- São Paulo : Saraiva, 2006.
· Santos, Juliana Cristina dos et. al. - Análise Comparativa do Conteúdo Filo Mollusca em Livro Didático e Apostilas do Ensino Médio de Cascavel, Paraná - Ciência & Educação, v. 13, n. 3, p. 311-322, 2007 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v13n3/a03v13n3.pdf.%20Acesso%20em%2026/09/2011.
· Vasconcelos, Davi Correia de - Livro Didático de Biologia na Apreensão do Mundo da Vida. Disponível em: http://www.epepe.com.br/comunicacoes_orais/eixo_6/livro_didatico.pdf . Acesso em: 23/09/2011
PIBID-CAPES/IFRS-LCN – 2011/02
ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS
RUDÁ DE SOUZA ROVEDA
TÍTULO: CIÊNCIAS NATURAIS
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EDIÇÃO: 2ª EDIÇÃO
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EDITORA: SARAIVA
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AUTOR(ES): OLGA AGUILAR SANTANA; ANÍBAL FONSECA DE FIGUEIREDO NETO;
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CICLO/SÉRIE/ANO: 7ª SÉRIE
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ANO DE PUBLICAÇÃO: 2006
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PARECER:
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O Livro didático em questão possui alta qualidade gráfica e textos simples. Entretanto existe uma seqüência de conteúdos que são abordados com certa demasia o que talvez torne o processo de ensino um tanto quanto confuso a respeito de como tornar menos cansativo à alfabetização científica. O excesso de informação não possibilita os estudantes compreenderem certos conceitos e definições que são importantes para o real entendimento dos assuntos em estudo. Até mesmo o Professor pode se sentir incomodado com a forma que o livro é composto. Os autores propõem com o livro “fazer dos alunos protagonistas do processo de ensinar-aprender.” Entretanto entendendo que o processo não seja exatamente o de ensinar-aprender e sim o de ensinar e aprender e que diferentes processos onde talvez o professor ensine, mas o aluno talvez não aprenda. Segundo FREIRE (1996), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”, ou seja, que independente de o livro didático oferecer ou não uma visão de participação do aluno muitas vezes o professor achará inadequado o momento para essa ou aquela abordagem. No livro “A Aprendizagem e o Ensino de Ciências – do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico” no capítulo 5, POZO et al expõe que “se o aprendizado da ciência, e junto o ensino dela, tem como meta, dar sentido ao mundo que nos rodeia e entender o sentido do conhecimento científico, e não apenas conseguir que seja repetido como um mantra redentor da reprovação, é uma tarefa extremamente complexa e laboriosa. A crise da educação científica [...] é conseqüência da dificuldade dos alunos para encontrar esse sentido.” Portanto o livro não apresenta um sentido ao mundo que nos rodeia e o entendimento do conhecimento científico, pelo contrário demonstra um mundo artificial no sentido de estabelecer nomenclatura complexa para o simples entender fenômenos da natureza de que propõe o livro. Dificulta a compreensão do que é natural para o que é desenvolvido pela ciência, de conceitos aos métodos, das experiências às simulações, é confuso para o estudante e desorientador para o professor. Talvez seja um livro eficiente para outras situações como pesquisas, entretanto não se apresenta como um livro eficaz para o ensino fundamental desde que apresentando textos que classificamos como simples somente para alguém que tenha conhecimentos básicos a respeito do conteúdo o que não é o caso de estudantes do ensino fundamental.
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ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS
PIBID-CAPES/IFRS-LCN 2011/02
GRACIELA BIKOSKI
Os Seres Vivos
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Autores: Carlos Barros e Vilson Roberto Paulino
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O livro traz imagens acompanhadas de textos para estimular os alunos na interpretação do conteúdo que esta sendo abordado, também contém questionamentos que podem ser abordados individualmente, ou em grupos fazendo com que os alunos possam debater suas ideias com relação ao assunto.
Propõe algumas experimentações de fácil realização que motiva a observação e a formulação de hipóteses sobre conceitos que serão estudados. Outros experimentos estimulam os alunos a expressar as noções previas proveniente de estudos vindos de anos anteriores, observações ou vivencia.
Os termos científicos têm as suas significações esclarecidas no corpo do texto e a linguagem é clara e simples. Possui um glossário de apoio inserido no final do livro.
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Ciências Naturais
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Autores: Olga Santana e Anibal Fonseca
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Os capítulos do livro contêm textos acompanhados de figuras e questionamentos que possibilitam a compreensão do conteúdo, investigação, reflexão e pesquisa (revista, jornais, internet, figuras, etc.).
Contem atividades que propõe o debate entre alunos e o professor. Possui alguns exemplos para que os alunos possam raciocinar sobre o assunto, buscando a melhor compreensão.
Propõe a elaboração de explicações de textos, argumento de determinados assuntos. Possui exemplo de alguns experimentos simples e outros mais complexos.
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ANALISE DOS LIVROS DIDÁTICOS
PIBID-CAPES / IFRS-LCN 2011/02
OLGA DA ROSA PEREIRA
Os livros didáticos são ferramentas importantes utilizadas pelos professores e estudantes como fontes de informações e experimentos. Atualmente tem-se apresentado por parte dos organizadores destes materiais grande preocupação em auxiliar os docentes, visando as propostas dos PCN, e assim redirecionando as atividades em sala de aula.
Para fazer esta análise primeiramente foi necessário definir alguns pontos importantes. Que atualmente são de grande preocupação, os processos de aprendizagem, os temas abordados, as atividades práticas sugeridas, se a organização dos livros com relação as informações se estavam voltadas para o desenvolvimento sustentável, as questões referentes ao uso da água e saneamento básico e se a proposta incluía o aluno como protagonista e construtor do seu aprender. O desenvolvimento das competências e habilidades se os exemplos citados nas atividades eram referentes ao cotidiano dos aprendizes.
Os livros didáticos analisados foram de 5ª a 8ª série (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental, a Coleção Tempo de aprender do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental que é utilizado para educação de jovens e adultos e que são recomendados pelo MEC. Em nosso estudo bibliográfico cada elemento do grupo ficou encarregado de analisar os livro referentes a uma determinada série, assim as observações abaixo referem-se a 5ª série/6º ano.
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TÍTULO DA OBRA: Ciências Naturais
UNIDADE 1-Observando a Terra.
Capítulo
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Assunto
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1
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Terra: Forma e localização no espaço.
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2
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Algumas características do nosso Planeta.
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3
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O jeito de ser e o lugar de cada um.
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4
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O Ciclo da Vida.
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5
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O pega-pega da natureza.
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6
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Decompositores: começa tudo outra vez
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7
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Lixo: repensando atitudes
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UNIDADE 2- As águas do Planeta
Capítulo
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Assunto
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8
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De onde vem a água que circula no planeta?
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9
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O que não afunda nem se dissolve, flutua,...
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10
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Uma força misteriosa na água e no ar,...
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11
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Há água por perto,...
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12
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Água: usar bem para ter sempre,
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UNIDADE 3 – Investigando a Terra
Capítulo
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Assunto
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13
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O uso da terra pelos seres humanos,
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14
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Usando o Solo e abusando dele,
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15
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Solo, sustento da vida,
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16
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Outras formas de obtenção de alimentos,
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17
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As buscas da Humanidade,
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Nos capítulos um e dois os questionamentos referem-se história da astronomia, os modelos cósmicos elaborados desde a antiguidade, perguntas e curiosidades sobre a forma dos planetas, das constelações, os movimentos da terra e a explicação de fenômenos como o dia e a noite.
Os assuntos são apresentados através textos com ilustrações e para cada assunto há uma proposta de práticas para resolverem as dúvidas, apresentam hipóteses e pedem sugestões, problematizam, instigam os alunos a pensarem. No final de cada capítulo destacam bibliografias de apoio para os alunos se apropriarem de mais informações. As práticas sugeridas são simples e fáceis de desenvolver com os alunos e com poucos materiais e de baixo custo. Esquemas explicativos sobre as imagens, quanto a proporção ou se a imagem é microscópica.
No capítulo três aborda a diversidade de ambientes, suas alterações, a interferência humana e sua facilidade em adaptar-se, o que precisa ser protegido, as diferenças dos povos, a importância de estudar o ser humano e o ambiente que o cerca. O interessante no capitulo quatro sobre o ciclo da vida é a proposta de começarem com uma prática sobre o ciclo da vida da mosca da banana. Assim os alunos podem visualizar o processo enquanto aprendem sobre a grande variedade de seres vivos e seus hábitats.
Propõem aos alunos atividades que descrevam e reconheçam o lugar onde vivem. Que formulem hipóteses sobre fotos escrevam textos sobre um caso apresentado, discussões em grupo, compararem animais domésticos com animais silvestres. Interpretação de uma história e de poesia sobre comércio e tráfico de animais silvestres.
São indicadas pesquisas sobre diferentes temas de interesse particular dos alunos, através de histórias de situações do cotidiano para servir de reflexão e os esquemas ilustrativos servem para fazerem comparações. Também são utilizadas reportagens de jornais e revistas informando sobre acontecimentos referentes ao que está sendo estudado, tornando assim significativo o conteúdo para o aluno.
Os desequilíbrios ambientais causam morte de organismos e alteram a vida de outros. Para facilitar a compreensão e torná-la enriquecedora e lúdica é sugerido no manual que também seja trabalhado o tema através de jogos. E o que acontece com os organismos depois que morrem, a elaboração de amostras de materiais orgânicos e recicláveis expostos a situações distintas para serem observados pelos alunos. Assim elaboram conceitos de desaparecimento e transformação observando, elaborando e interpretando gráficos.
Outro ponto importante é abordagem das questões relacionadas ao lixo, com interpretação de histórias em quadrinhos onde o aluno tem que refletir sobre o seu comportamento, discutir com os colegas os hábitos relacionados a produção de lixo, seus fins , entender que a reciclagem além de gerar emprego e renda é também de preservação dos recursos naturais.
A importância do saneamento básico e as relações com a prevenção de doenças, a elaboração de informações para serem distribuídas para a comunidade escolar. Um resumo das ações é a aplicação dos quatro “Rs”: Reduzir – Reutilizar – Reciclar - Repensar. Também é sugerida a organização de uma campanha de coleta seletiva de lixo na escola e no manual do professor a aplicação de jogos lúdicos para melhor compreenderem e repensarem suas atitudes.
As práticas elaboradas no capítulo oito para abordagem dos temas referente a temperaturas da água são de fáceis observações inclusive em casa com a ajuda dos familiares. As propostas de investigações são focadas na compreensão dos estudantes e não no rigor científico. Algumas propostas são tão interessantes que parecem brinquedos, exemplo no capitulo nove a construção de um mini submarino.
Os esquemas demonstrativos das etapas de tratamento de água, o caminho das estações de tratamento e o percorrido nas residências a passagem pelo tratamento do esgoto até retornar aos rios e lagos. A conscientização referente ao desperdício, os diferentes usos da água pelos seres humanos. Sobre esses assuntos novamente é sugerido pesquisa com a comunidade para ver se tem conhecimento das etapas de tratamento da água e do esgoto. Também ao analisar uma conta de água é possível realizar várias discussões.
Observamos que todas as informações sinalizam para importância da preservação, a interação dos estudantes com o meio social, a compreensão dos diferentes períodos históricos e o respeito a teorias propostas nestes momentos. Que as aulas práticas despertam mais envolvimento dos alunos e isso favorece a compreensão de processos complexos.
As competências e habilidades além de serem trabalhadas em todos os capítulos são oferecidas e no final do livro algumas atividades mais focadas e objetivas. Também observamos por meio desta analise que os autores mostram preocupação com a viabilidade de execução das práticas propostas.
Notamos que o livro didático, mesmo sendo de uma edição recente não utiliza, nem cita recursos de informática na realização de simulações de atividades práticas. Percebe-se que os assuntos são interdisciplinares, mas não é indicado que seja desenvolvido com as parcerias de outras áreas.
Com relação ao livro didático utilizado para educação de jovens e adultos está dividido em unidades um e dois, é voltado para a construção da identidade do sujeito e suas leituras referente a cidadania. Percebe-se também que há integração com todas as áreas do conhecimento a serem aprendidas.
Analisamos mais detalhadamente o capítulo referente ao ensino de ciências e percebemos que este livro é estruturado para resgate da auto estima do indivíduo que está retomando seus estudos. A começar pelo ponto de partida que é referente a identidade e é desenvolvida de forma transdisciplinar.
As propostas para estudo são os sentidos, alimentação, atividades físicas, prevenção de doenças, práticas de cidadania, reconhecimento do tempo e espaço. As saídas para conhecer espaços culturais, o lúdico, o bem estar do aluno é bem estimulado através dos momentos propostos para relaxamento. As sugestões de filmes e sites para complementar a aprendizagem. Para o desenvolvimento dos temas é sugerido observação de obras de arte, paisagens, fotos, textos publicados em jornais e revistas, construção de textos referentes a vida pessoal e suas vivências, também no final de cada tema o aluno é convidado a completar um organograma do que aprendeu.
Interessante a proposta da construção de um relógio de sol, que foi muito utilizado pelas civilizações antigas e que ainda hoje algumas pessoas se orientam pela luz solar. No final de cada capítulo é oferecida bibliografia complementar.
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REFERÊNCIAS:
SANTANA, Olga e FONSECA, Aníbal. Ciências Naturais, 5ª série, 2ª Ed.-São Paulo: Saraiva,2006.
Vários Autores. Coleção tempo de Aprender. Educação de Jovens e Adultos. Vol.1 Multidisciplinar. IBEP, 2ª Ed. São Paulo, 2009.
BIZZO, Nélio. Mais Ciência no Ensino fundamental: metodologia de ensino em foco. São Paulo: Editora do Brasil, 2009.
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Análise de Livro Didático – PIBID-Capes / IFRS LCN 2011-2
Luisa Moraes Brum
Coleção Tempo de Aprender - EJA – Educação de Jovens e Adultos (6º ano do ensino fundamental) – Volume 1 – Multidisciplinar - IBEP
- Ciências Naturais
O livro possui uma linguagem simples e clara. Propõe que o aluno faça uma reflexão antes de introduzir o assunto a ser estudado. Nos tópicos “E eu com isso?” relaciona o cotidiano do aluno com o conteúdo. Existe a valorização da opinião e das vivências do aluno – tópicos “Revelando o que aprendeu” e “Ampliando o tema” – bem como de suas concepções prévias – “Antes de ler” e “Pra começo de conversa”. Sugere realização de dinâmicas em sala de aula, como podemos ver nos tópicos “Momento Lúdico” e “Hora de Relaxar”. O livro traz ilustrações, curiosidades (“Você sabia?”) e propostas de inclusão social (“Vamos compartilhar”). Possui também atividades práticas e mapas conceituais (“Sua vez”), incitando o aluno a buscar meios de facilitar o seu aprendizado de maneira autônoma, e ainda assim tendo o apoio do livro. Como ponto positivo existe também o foco na interpretação textual, nos tópicos “trabalhando com o texto”, “antes de ler” e “por dentro do texto”, que demonstra o caráter interdisciplinar do material didático. O que mais me chamou a atenção foi a ideia de despertar no aluno o caráter investigativo, que pode ser visto claramente nos tópicos “ampliando o tema”, “aprofundando o tema” e nas indicações de leituras complementares. Anexado ao final do livro está um glossário. O livro possui a tentativa de tornar o aprendizado prazeroso e mais dinâmico, o que é muito valido e importante, principalmente para uma turma de EJA. Minha única crítica é a falta de referências de sites na parte de ciências naturais.
Projeto Araribá – Suplemento de Atividades – Ciências (5ª a 8ª série) – Editora Moderna
Projeto Araribá – Suplemento de Atividades – Ciências (5ª a 8ª série) – Editora Moderna
É um instrumento de apoio ao professor, como é deixado claro na apresentação do material (página 2). Possui atividades que enfocam: construção de material didático – experimentos, cartazes, entre outros; perguntas investigativas; opinião do aluno; interpretação de texto; inclusão digital – internet, documentários, entre outros; interdisciplinaridade; relação cotidiano do aluno e conteúdo trabalhado; preocupação ambiental; mapas conceituais.
Possui uma proposta bem atual quanto a inclusão digital e preocupação ambiental, mas como colocado é um instrumento de apoio para ser utilizado após as aulas, pelo professor.
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